A mais nova leva de documentos encaminhada ao Brasil pelas autoridades norte-americanas revela que três empresas offshores ligadas ao publicitário Duda Mendonça receberam US$ 1,59 milhão entre junho e julho de 2003, por meio de remessas realizadas no mercado financeiro dos Estados Unidos, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
O dinheiro saiu da conta bancária da Dusseldorf, offshore que pertence ao publicitário e foi utilizada para receber de forma ilegal pagamento por serviços prestados ao PT, informa a matéria da repórter Andrea Michael. No ano passado, Duda revelou a existência da Dusseldorf e disse que essa seria sua única conta no exterior. Questionado novamente pela CPI, no último dia 15 de março, Duda não quis falar sobre o assunto.
De acordo com os documentos, que fazem parte do inquérito no qual se investiga o mensalão, a operação de crédito mais expressiva foi para a conta da Pirulito Company Ltd., cujo procurador é Eduardo de Matos Freiha, sócio de Duda.
Assim como a Dusseldorf, a Pirulito Company Ltd. tem sede nas Bahamas. Sua conta bancária foi aberta em 16 de junho de 2003, no BankBoston de Miami (EUA). No dia 2 de julho, a empresa recebeu US$ 875.338. Em 18 de junho do mesmo ano a Dusseldorf mandou, também pelo BankBoston em Miami, US$ 218 mil para a conta da Raspberry Company e outros US$ 500 mil para a da Sttutgard Company Ltd., esta última aberta dois meses antes.
A maior parte desses recursos foi posteriormente repassada para as contas da Agata e Maximus, que pertencem a doleiros e movimentaram milhões pelo MTB, banco investigado nos Estados Unidos por suspeita de prática de lavagem de dinheiro, segundo a Folha.