O 13º Encontro Nacional do PT aprovou hoje uma política de alianças amplas para reeleger o presidente Lula. Com isso, o partido se libera para buscar o apoio do PMDB e de outros partidos envolvidos com o escândalo do mensalão, como o PP, o PL e o PTB. A resolução veta apenas alianças com o PSDB e o PFL, que estarão juntos nas eleições deste ano. O partido também pretende restringir ao máximo as alianças com o PPS, que decidiu apoiar um eventual pedido de impeachment que venha a ser feito por um representante da sociedade civil.
"O PT é um partido que tem base. Não se pode dar ao luxo de fechar portas e já fixar parâmetros absolutos em relação à reeleição", disse o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que teve confirmada sua indicação como coordenador-geral da campanha do presidente Lula à reeleição.
De acordo com o documento aprovado, a política de alianças será negociada pelo Diretório Nacional, composto por 81 membros. A idéia é fortalecer, principalmente, as negociações com o PMDB, que pretende eleger pelo menos nove governadores. "A direção vai avaliar (as alianças) caso a caso com os partidos de esquerda e demais, exceto com o PSDB e PFL", disse Berzoini.
Segundo ele, as negociações serão iniciadas já a partir da próxima semana. "Vamos trabalhar no mês de maio para acelerar essas conversas e tentar chegar a uma conclusão." O 13º Encontro Nacional do PT conta com a presença de 1.200 delegados de todo o país.