O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os governadores de estados que, segundo ele, recebem dinheiro federal e não reconhecem a ajuda. Lula apontou especificamente o caso do estado de São Paulo, governado por Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República.
"Só de programas sociais, o meu governo passa para o estado de São Paulo R$ 2 bilhões por ano, para cuidar dos pobres. Na maioria dos estados, os governadores não têm programa social", disse Lula, na cerimônia de anúncio do programa de interiorização da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e expansão do campus de Parnaíba (PI).
Segundo ele, muitos governadores utilizam recursos federais como se fossem seus. "Tem muitos (governadores) espertos no Brasil que recebem dinheiro do governo federal e fazem propaganda na televisão como se os recursos fossem deles, como se a obra fosse deles, sem citar, sequer, o dinheiro do governo federal."
Lula disse que sua gestão avançou mais na área social que a de seus antecessores. "O Brasil já cresceu durante muitos anos a 7% ao ano, a 10% ao ano. E o que aconteceu é que o rico ficou mais rico e o pobre continua mais pobre. Os últimos dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios) demonstraram que em apenas 24 meses cerca de 3 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza porque passaram a ter um rendimento mínimo, a tomar café de manhã, almoçar e jantar."
365 dias de campanha
O presidente voltou a rebater as críticas da oposição, que classificou como eleitoreiras suas viagens para inauguração de obras. Ele afirmou que faz campanha o ano inteiro. Lula está desde ontem no Nordeste, onde participa de uma maratona de inaugurações por sete estados.
"Um homem público não precisa de época de eleição para fazer campanha. Ele faz campanha da hora que acorda até a hora que dorme: 365 dias por ano. Os adversários só se incomodam quando você está fazendo a coisa certa. Porque é mais fácil destruir do que construir."