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Congresso em Foco
22/2/2006 | Atualizado às 19:47
Pesquisa Datafolha publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo revela que o presidente Lula venceria o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), tanto no primeiro como no segundo turno de votação. Essa dupla vitória do presidente petista não era registrada pela série de pesquisas do instituto desde agosto do ano passado.
De acordo com a pesquisa realizada na segunda e na terça-feira, 39% dos eleitores votariam em Lula, contra 31% dos que escolheriam Serra, considerado o cenário de candidaturas mais disputado, no qual o candidato do PMDB é Anthony Garotinho, com 8% das preferências. O adversário de Garotinho no PMDB, Germano Rigotto, governador do Rio Grande do Sul, não passa de 3% em nenhum cenário do levantamento, informa a Folha. Ao todo, 651 pessoas de 164 cidades foram ouvidas.
Na pesquisa anterior, realizada há três semanas, Lula e Serra empatavam no primeiro turno. No segundo turno, o prefeito ainda batia o presidente por 49% a 41%. Lula agora vence a rodada decisiva da eleição por 48% a 43% das intenções de voto.
O governador paulista, Geraldo Alckmin, o outro presidenciável tucano, que já chegou a empatar a disputa com Lula no segundo turno, em dezembro do ano passado, seria hoje derrotado por 53% a 35%. A vantagem do presidente sobre Alckmin no primeiro turno, que havia chegado ao mínimo de oito pontos percentuais em dezembro, é agora de 43% a 17% das intenções de voto.
Os números confirmam a tendência de recuperação do presidente, já verificada na pesquisa CNT/Sensus, divulgada no último dia 14, na qual Lula abre uma vantagem de 10 pontos percentuais na simulação de um eventual segundo turno com o prefeito de São Paulo. Em novembro, o tucano aparecia 3,9 pontos à frente do petista.
Os novos dados também devem acelerar o processo de discussão dentro do PSDB para a escolha do candidato do partido à presidência da República. Ontem, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), admitiu que a definição da candidatura pode sair de uma disputa prévia. "Se não houver entendimento, pode-se discutir critérios para alguma disputa (prévia)", afirmou o senador. A hipótese havia sido admitida, pela primeira vez, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso anteontem.
Enquanto os tucanos não se entendem, o presidente Lula investe em uma série de inaugurações e atos públicos em sete municípios de seis estados do Nordeste e do Norte. Em discurso ontem, pediu que o povo que lhe dê mais tempo no governo e disse que desde o Descobrimento ninguém fazia tanto pelos pobres quanto ele.
Na pesquisa de intenção de voto espontânea, na qual não são apresentados os nomes dos candidatos ao eleitor entrevistado, Lula subiu de 23% das preferências para 30%, contra 11% de Serra (que tinha 9%) e 4% de Alckmin (que ficou na mesma).
Imagem de Lula
O Datafolha também mostra que Lula dobrou sua votação entre os entrevistados que ganham mais de dez salários mínimos mensais (R$ 3.000). Nesse universo, o desempenho dos tucanos ainda é melhor que o do presidente petista. Serra bate Lula por 35% a 31% das intenções de voto no primeiro turno, um quase empate se considerada a margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Mas, há apenas três semanas, a vantagem do tucano era oito vezes maior, 49% a 16%. Alckmin também vence Lula entre o eleitor de renda mais alta. Mas o governador paulista decaiu de uma vitória por 45% a 15% para uma vantagem agora mínima sobre o presidente, de 36% a 30%, segundo o Datafolha.
De acordo com a pesquisa, não foi a melhora do nível de avaliação do Lula que levou o presidente de volta à liderança da corrida eleitoral. Em relação à pesquisa Datafolha realizada há três semanas, ficou praticamente inalterada a proporção de eleitores que considera seu governo ótimo ou bom (37%), regular (39%) ou péssimo (22%).
O que melhorou muito foi a imagem pessoal do presidente. O desempenho pessoal de Lula é tido hoje como ótimo ou bom por 53% dos eleitores. Não houve avaliação pessoal de Lula na pesquisa do início do mês. Em outubro de 2005, Lula ele mesmo era ótimo ou bom para 40% dos eleitores. O índice de avaliação pessoal do presidente, a diferença entre "ótimos" e "péssimos", subiu nesses meses de 20 pontos positivos para 39 pontos positivos.
Em outubro, o índice de avaliação de seu governo era zero: havia tantos eleitores que consideravam a gestão Lula péssima quanto aqueles que a tinham como ótima. Na pesquisa realizada anteontem e ontem, o índice do governo subira para 15 pontos.
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