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Pizzolato quase é preso

7/12/2005
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O relator adjunto da CPI dos Correios, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), irritou-se com o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato, chegando a sugerir a prisão do ex-diretor. Pizzolato informou que a diretoria de marketing fazia apenas balanços técnicos dos resultados das campanhas e patrocínios do BB, e não orientava pagamentos de despesas com publicidade. O tucano contestou, com base em alguns documentos, a afirmação do ex-diretor, e lembrou de um show promovido pelo PT no ano passado, em uma churrascaria de Brasília. De acordo com os documentos, o BB autorizou o investimento de R$ 700 mil no evento, sob orientação de Pizzolato. “Eu não posso ficar aqui calado ouvindo o depoente dizer esses absurdos. Está aqui que o senhor orientou o pagamento”, disse Paes. O ex-diretor depõe na condição de testemunha e pode ser preso caso minta ou se recuse a responder as perguntas dos parlamentares. “Eu sugiro que a CPI comece a estabelecer limites, para que os depoentes não venham aqui mentir”, sugeriu o deputado. Pizzolato explicou que as empresas privadas vinculadas ao Banco do Brasil, como a BrasilCap, a BrasilVeículos e a BrasilPrev, tinham diretorias próprias e não precisavam realizar licitações para contratar empresas de publicidade, a menos que houvesse participação do BB nos pagamentos. “Só nesses casos o orçamento precisava passar pela Secom (Secretaria de Comunicação do governo, controlada pelo ex-ministro Luiz Gushiken)”, explicou o ex-diretor. O ex-diretor afirmou ainda que os pagamentos de publicidade da Visanet, operadora dos cartões Visa no Brasil, não passavam pelo banco, não eram geridos pela diretoria de marketing e não precisavam do aval da Secom para serem executados. “Os recursos iam diretamente da Visanet para as agências de publicidade”, declarou. Pizzolato segue depondo neste momento na comissão.
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