Efraim vê tráfico de influência entre assessores de Palocci
Congresso em Foco
29/11/2005 17:28
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Para o presidente da CPI dos Bingos, Efraim Morais (PFL-PB), não há dúvidas da ocorrência de tráfico de influência entre o assessor especial do Ministério da Fazenda, Ademirson Ariovaldo da Silva, e três ex-assessores do ministro da Fazenda, Antonio Palocci: o advogado Rogério Buratti, o ex-chefe de gabinete do Ministério da Fazenda Juscelino Dourado e o ex-assessor da prefeitura de Ribeirão Preto Vladimir Poleto. Após o depoimento de Ademirson à CPI dos Bingos, Efraim asseverou: "Não tenho a menor dúvida que de essa relação existiu e continua existindo".
Ademirson foi ouvido durante cem minutos e irritou os integrantes da CPI. Em um dos depoimentos mais curtos já prestados à comissão, ele negou ter participado das negociações para a renovação do contrato da multinacional GTech, que operava as Loterias Federais, com a Caixa Econômica Federal (CEF). Para Efraim, os encontros de Adermirson com Vladimir Poleto, Rogério Buratti e Juscelino Dourado em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília, agravam a suspeita. A casa foi alugada por Vladimir Poleto, por R$ 10 mil mensais, para servir de escritório.
A quebra de sigilo telefônico de Ralf Barquete e Vladimir Poleto mostra que houve mais de quatro mil telefonemas entre os dois e Ademirson e Buratti. Pelos dados, no dia em que seria renovado o contrato entre a CEF e a Gtech, Buratti telefonou para Ralf Barquete que, oito minutos depois, ligou para Ademirson. No total, foram 14 ligações. "Estamos falando de mais de quatro mil telefonemas. Está clara a conexão, a influência entre os assessores e uma amizade muito estranha. Depois da primeira denúncia, os telefonemas diminuíram", observou o presidente da comissão.
Durante o depoimento, o presidente da comissão disse a Ademirson que seria impossível que ele não estivesse envolvido no triângulo Buratti-Juscelino Dourado-Vladimir Poleto. "O que sinto é que o senhor terá de voltar a esta CPI com outros companheiros", afirmou Efraim. Amanhã, os membros da comissão devem analisar um requerimento que pede uma acareação entre Ademirson, Buratti, Dourado e Poleto.
Ademirson foi ouvido durante cem minutos e irritou os integrantes da CPI. Em um dos depoimentos mais curtos já prestados à comissão, ele negou ter participado das negociações para a renovação do contrato da multinacional GTech, que operava as Loterias Federais, com a Caixa Econômica Federal (CEF). Para Efraim, os encontros de Adermirson com Vladimir Poleto, Rogério Buratti e Juscelino Dourado em uma casa do Lago Sul, bairro nobre de Brasília, agravam a suspeita. A casa foi alugada por Vladimir Poleto, por R$ 10 mil mensais, para servir de escritório.
A quebra de sigilo telefônico de Ralf Barquete e Vladimir Poleto mostra que houve mais de quatro mil telefonemas entre os dois e Ademirson e Buratti. Pelos dados, no dia em que seria renovado o contrato entre a CEF e a Gtech, Buratti telefonou para Ralf Barquete que, oito minutos depois, ligou para Ademirson. No total, foram 14 ligações. "Estamos falando de mais de quatro mil telefonemas. Está clara a conexão, a influência entre os assessores e uma amizade muito estranha. Depois da primeira denúncia, os telefonemas diminuíram", observou o presidente da comissão.
Durante o depoimento, o presidente da comissão disse a Ademirson que seria impossível que ele não estivesse envolvido no triângulo Buratti-Juscelino Dourado-Vladimir Poleto. "O que sinto é que o senhor terá de voltar a esta CPI com outros companheiros", afirmou Efraim. Amanhã, os membros da comissão devem analisar um requerimento que pede uma acareação entre Ademirson, Buratti, Dourado e Poleto.
