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Congresso em Foco
6/9/2005 | Atualizado às 10:47
Sylvio Costa e Edson Sardinha |
" Quero dizer a vocês, com toda a franqueza: eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país. O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na política e lutar ao lado do povo pobre e das camadas médias do nosso país. Eu não mudei e, tenho certeza, a mesma indignação que sinto é compartilhada pela grande maioria de todos aqueles que nos acompanharam nessa trajetória" - discursou, em tom monocórdio e sem demonstrar o menor traço de indignação. Lula não apontou os nomes daqueles que o traíram. Tenso, fez um pedido de desculpas à nação, não em seu próprio nome mas na terceira pessoa: "Não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos que pedir desculpas. O PT tem que pedir desculpas. O governo, onde errou, tem que pedir desculpas, porque o povo brasileiro, que tem esperança, que acredita no Brasil e que sonha com um Brasil com economia forte, com crescimento econômico e distribuição de renda, não pode, em momento algum, estar satisfeito com a situação que o nosso país está vivendo."
Lula fez o pronunciamento depois de o publicitário Duda Mendonça ter revelado à CPI dos Correios que recebeu ilegalmente do PT recursos repassados pelo empresário Marcos Valério para pagar as despesas com a campanha eleitoral de 2002 ( leia mais = link para a matéria "O que disse Duda"). No mesmo dia, haviam sido publicadas pesquisa do Datafolha que o colocou pela primeira vez atrás do prefeito paulistano, José Serra (PSDB), na disputa presidencial ( veja detalhes = link para a matéria "Datafolha: Serra agora já vence Lula") e entrevista na qual o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, envolveu Lula nos acertos irregulares firmados entre a legenda e o PT ( leia aqui = link para "Entrevista de Valdemar agrava crise política). Na véspera, vários políticos cobraram uma manifestação de Lula. "Ou você fala amanhã ou será tarde demais", disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS), o mais enfático deles. Embora reconhecido como um avanço, o discurso presidencial não aplacou os sentimentos de ansiedade da oposição e do governo. Até mesmo o presidente nacional do PT, Tarso Genro, o qualificou como "insuficiente". Leia a íntegra do discurso |
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