Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
Informativo no ar!
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Artigos >
  3. Militares barram acesso a itens de defesa pessoal com medo de revide ... | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Militares barram acesso a itens de defesa pessoal com medo de revide da população

Guilherme Mendes

Guilherme Mendes

29/6/2021 | Atualizado às 16:54

A-A+
COMPARTILHE ESTE ARTIGO

[fotografo]Lula MArques/Agência PT[/fotografo]

[fotografo]Lula MArques/Agência PT[/fotografo]
O uso de armamento para defesa individual é uma das principais bandeiras do governo de Jair Bolsonaro, que tomou uma série de medidas para facilitar o acesso e o porte de armas letais, como revólveres. Porém, no caso das armas não letais, que oferecem menos danos à vida, o discurso é diferente. Documento obtido pelo Congresso em Foco mostra que as forças armadas são contrárias à regulamentação de armas, como o spray de pimenta, por medo de a população utilizar os artigos contra as próprias Forças Armadas. Um parecer assinado pela Marinha em maio de 2019 diz que o armamento para defesa pessoal "possibilitaria a aplicação do mesmo dispositivo em eventual revide contra as Forças do Estado, operações para Garantia da Lei e da Ordem e, até mesmo, para fins criminosos". O documento diz ainda que o uso de spray de pimenta só é permitido ao Exército e a pessoas habilitadas, "de modo a garantir a segurança social do país". "O emprego do gás de pimenta contra seres humanos, por militares e policiais, tem o propósito de dispersar multidões, neutralizar criminosos suspeitos e isolar áreas, não sendo destinado à defesa pessoal." Leia a íntegra da nota da Marinha: Após o parecer da Marinha, o Exército também preparou uma nota técnica sobre o assunto. O texto recomenda que seja permitida a regulamentação, apenas, de embalagens de sprays de pimenta com até 50ml. A partir disso, o uso estaria restrito às forças armadas. A maioria das embalagens já comercializadas hoje, porém, tem mais de 50ml. Na última sexta-feira, o Congresso em Foco revelou que o deputado Luis Miranda (DEM-DF), responsável pela denúncia de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, foi obrigado pelo governo a retirar de pauta o projeto que iria regulamentar a venda de spray de pimenta e taser - armas pessoais que dão choques em alta voltagem, causando a paralisação de uma pessoa. A tramitação do PL 161/2019 motivou as manifestações das Forças Armadas. De acordo com Miranda, a ordem tinha como base o parecer assinado pela Marinha e chegou a ele por uma liderança do governo. Os fatos ocorreram apenas dois dias depois dos protestos contra o governo, em 29 de maio, que levaram centenas de milhares de pessoas para as ruas de todo o país. A assessoria do parlamentar informou que o projeto será reapresentado com um dispositivo para que as pessoas se identifiquem na hora de comprar o spray. O uso de armamento não letal pelos militares é criticado há tempos. Na dispersão do protesto de 29 de maio em Recife, um policial atingiu o olho de um manifestante com uma bala de borracha. Em 31 de maio, Miranda enviou uma mensagem de áudio à reportagem na qual ria da "incoerência" do governo. Ouça a mensagem do deputado: [audio ogg="https://static.congressoemfoco.com.br/2021/06/audio-luis-miranda.ogg"][/audio] "O governo é a favor de armar a população porque uma população armada não é oprimida pelo Estado. Aí eu recebo uma nota das Forças Armadas, em especial da Marinha, dizendo que dar spray de pimenta para a população seria fortalecer a população no combate contra o Estado [risos]. É o cúmulo da incoerência, da falta de bom senso. Eu estou aqui preocupado porque amanhã vou ter que fazer oposição", disse na mensagem. "Olha a linha de pensamento do governo. Pode dar uma arma [para a população], mas não pode dar um spray de pimenta", comentou, com contrariedade. Ele acabou retirando o projeto de pauta da comissão de Segurança Pública, onde seria votado. A reportagem buscou o Ministério da Defesa novamente, buscando saber a visão da pasta a respeito do tema. Até o momento, não obtivemos resposta. O espaço permanece aberto para manifestação. > Após atos, governo barrou PL que dá acesso a spray de pimenta, diz Miranda Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.
JUNTE-SE A NÓS
 
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Marinha Segurança Pública câmara dos deputados manifestação protesto Jair Bolsonaro armas Exército Forças Armadas Ministério da Defesa militares comissão de segurança pública armamento Luís Miranda spray de pimenta taser covaxin PL 161 PL 161/2019 bala de borracha

Temas

Segurança Pública
ARTIGOS MAIS LIDOS
1

Kátia Abreu

Eleição na CBF e preconceito contra o Norte: chaga a ser enfrentada

2

Renata Abreu

Educação a Distância: uma conquista que exige cautela

3

Amarilis Costa

A CPI das Bets e o espetáculo da inocência branca

4

Larissa Alfino

O que a cultura pop tem a dizer sobre o autoritarismo

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES