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????Fazem e querem mais guerra

1/12/2017 7:30

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No último dia 26 de novembro, foi publicado aqui no ?Congresso em Foco o artigo "Sim, o Brasil está em guerra", assinado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM?-RS). Afirma o deputado de direita que o número de homicídios no Brasil, de acordo com ?o ?11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, ?supera o patamar de 61 mil ?ocorrências em 2016, o que equivale ao número de mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear de Nagasaki, em 1945, no Japão. A partir destes números?, ?afirma que nos "últimos anos, o que se vê é muita preocupação com bandido e quase nenhuma com os cidadãos" de bem. É uma afirmação aparentemente despretensiosa e sem nenhuma prova de que isto realmente ocorre. Usa os números de assassinatos e a afirmação para simplesmente pregar a alteração ou o fim do Estatuto do Desarmamento. Ou seja, se há uma guerra, deseja o deputado mais violência, mais guerra. Em geral?,? os defensores do direito ?ao uso de armas t?ê?m como exemplo os Estados Unidos. Entendo que os EUA não nos servem como parâmetro, o desenvolvimento econômico e social e cultural, se comparado com o nosso?,? é distinto. Mas os EUA servem para comparar com países de seu nível de desenvolvimento?,? e é isto que o site ??Vox.com faz?. Este site explica em 17 mapas e gráficos a violência armada nos Estados Unidos. Inicia o texto afirmando que no "mundo desenvolvido, esses níveis de violência armada são problema exclusivamente americano". O?s ?EUA ?são um dos poucos países em que o direito de portar armas est?á?expl?í?cit?o ?na Constituição. Es?s?e fácil acesso às armas coloca os EUA como o mais violento entre os países econômica e socialmente desenvolvidos: t?ê?m seis vezes mais homicídios que o Canadá e quase 16 vezes mais que a Alemanha. [caption id="attachment_317067" align="alignright" width="300" caption="Dr. Rosinha critica defesa das alterações no Estatuto do Desarmamento"][fotografo]Roosevelt Pinheiro / Agência Brasil[/fotografo][/caption]Lá?,? cada estado tem sua própria legislação e pesquisas indicam que nos estados de maior permissividade quanto ao porte e uso de armas, há mais homicídios quando comparados com os estados de maior rigidez. O economista Richard Florida comparou o número de mortes por armas de fogo em relação aos indicadores sociais e a permissividade do uso de armas e concluiu que onde ?há mais armas, além de ?haver mais homicídios, ?há também mais suicídios. A razão: armas são mais mortíferas que venenos. O 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública citado pelo deputado do DEM traz outras informações que nos serv?em? para uma reflexão. Das 61.619 mortes violentas intencionais, 2.703 pessoas morreram em latrocínios, ou seja, roubo. No que morreram as demais? Para um estudo de prevenção ?à? violência?, ?é importante conhecer as causas. Neste total de mortes inclui-se 437 policiais ?c?ivis e ?m?ilitares que foram vítimas de homicídio e 4.224 pessoas mortas em decorrências de intervenções de policiais ?c?ivis e ?m?ilitares. Est?ão ?inclus?as? também entre ?a?s 61.619 mortes violentas e intencionais 4.657 mulheres?. O?u seja, foi assassinada ?uma mulher a cada ?duas ?horas em 2016?. Do total, apenas 533 casos foram classificados como feminicídios. Isto pode indicar desconhecimento da lei, incapacidade de entender ?o feminic?í?dio ou mesmo a cultura machista de neg?á-lo. Enquanto aumenta o número de mortes violentas?,? a União, do governo golpista Temer, apoiado pelo deputado Onyx Lorenzoni, reduziu os gastos com ?p?olíticas ?p?úblicas de ?s?egurança entre 2015 e 2016 em 10,3%. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que em 2014 os fabricantes de armas doaram R$ 1,91 milhão (quase dois milhões de reais) para 21 candidatos?, ?e entre estes ?está ?o deputado Onyx Lorenzoni, que recebeu R$ 50 mil da Taurus e R$ 50 mil da CBC. Com estas informações?, ?é possível compreender a serviço de quem o deputado est?á?. Ao defender alterações do Estatuto do Desarmamento?,?cumpre com o seu compromisso com quem o financiou. Ele também apresentou, só em 2014, três ?p?rojetos de ?l?ei que flexibilizam as normas para porte de armas.
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