Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
9/7/2008 | Atualizado às 21:23
Tudo começou quando Pedro Simon discursava na tribuna e, diante das críticas de alguns senadores à suposta truculência da PF na execução das prisões, reagiu questionando se alguma vez houve reação no Senado contra a prisão de pobres em comunidades carentes. “É importante que o Brasil possa fazer com que a Justiça exista para todos, e que não só ladrão de galinha vá para a cadeia”, bradou o parlamentar gaúcho, fazendo referência ao histórico de facilidades verificadas na Justiça brasileira para criminosos de classe social privilegiada. Foi então que Arthur Virgílio, visivelmente irritado, "exigiu" o uso da palavra depois do colega.
Em meio ao já instalado bate-boca, o parlamentar amazonense subiu à tribuna diametralmente oposta no plenário. Simon disse que o tucano estava usando irregularmente o microfone. "Quem está irregular é o presidente do Banrisul [Fernando Lemos, afilhado político de Simon sob suspeita de corrupção no Rio Grande do Sul]", atacou Virgílio. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), valeu-se do posto e determinou que Virgílio deixasse a tribuna.
Depois de encerrado o discurso de Simon, Arthur Virgilio voltou a ocupar a tribuna e criticar o que chamou de truculência e o suposto caráter midiático da operação, levada aos veículos de comunicação minutos antes de ser deflagrada. Houve vazamento de informações para o jornal Folha de S.Paulo – o que é proibido pela Constituição. Como Virgílio excedeu seu tempo fazendo as críticas, Simon intercedeu e pediu que ele deixasse a tribuna. “Essa hipocrisia não passa de hoje. Hoje a máscara cai”, rebateu o tucano, já com os microfones da tribuna desligados, deixando-a diante do apelo de Garibaldi Alves.
Relativamente acalmados os ânimos, Pedro Simon retornou à tribuna e fez um discurso conciliatório, que culminou em aplausos contidos de alguns senadores e um respeitoso abraço em Virgílio. "Tenho muito orgulho do Senado. Tenho muito orgulho da presença dos senhores", disse Simon, destacando que não teria problema em ir ao gabinete de Virgílio aprofundar o debate.
Celso Pitta, o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas, foram presos ontem pela PF com grande cobertura da mídia, o que foi criticado por até pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Eles são acusados de atos de corrupção envolvendo vultosas movimentações financeiras. (Fábio Góis)
Leia mais
Presidente do STF adia decisão sobre habeas corpus
PF vai apurar origem do dinheiro de Celso Pitta
MPF-SP acusa Daniel Dantas de tentativa de suborno
Matéria atualizada às 16:35.
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
MANOBRA NA CÂMARA
Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação