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Carta Capital: imprensa garantiu 2º turno

Congresso em Foco

15/10/2006 | Atualizado 16/10/2006 às 6:58

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A imprensa, em particular a Rede Globo, é o principal alvo da matéria de capa da revista Carta Capital desta semana. Mostrando um tucano sentado sobre a marca da emissora, a capa diz: "A trama que levou ao segundo turno - a partir da trapalhada do PT, a mídia, em especial a Rede Globo, beneficiou o candidato tucano de forma decisiva, às vésperas das eleições presidenciais, com a divulgação das fotos do dinheiro e a ocultação de informações cruciais na cobertura do escândalo do dossiê".

Segundo a matéria, assinada por Raimundo Rodrigues Pereira, com colaboração de Antônio Carlos Queiroz, a Globo obteve o áudio da conversa em que o delegado Edmilson Pereira Bruno negociou com quatro jornalistas (da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo, de O Globo e da rádio Jovem Pan) a entrega das imagens do dinheiro apreendido com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos. O delegado levou um CD com 23 fotos e mais três CDs virgens para que todos pudessem tirar cópias das fotografias. Toda a conversa, segue a matéria, foi gravada sem que o delegado soubesse.

Conforme a revista, o delegado repassou o material com a condição de permanecer anônimo e de os jornalistas darem a versão de que o receberam de alguém que tinha roubado as fotos. No encontro, realizado dia 29, dois dias antes da eleição de primeiro turno, o delegado Bruno demonstrou ainda interesse em ver as imagens que vazou veiculadas no principal telejornal brasileiro. "Tem de sair hoje à noite na tevê. Tem de sair no Jornal Nacional", disse, de acordo com o relato de Carta Capital.

A revista enfatiza que, naquela noite, "o noticiário eleitoral, com destaque para as fotos do dinheiro dos petistas, é praticamente o único assunto"do Jornal Nacional. O programa, ressalta o texto, sequer fez menção à queda do avião da Gol, que matou 154 pessoas, tornando-se a maior tragédia da aviação nacional.

As explicações da Globo

O texto de Raimundo Pereira ocupa sete páginas. Na página seguinte, a oitava dedicada ao tema, outro jornalista, Mauricio Dias, transcreve as dez perguntas que a redação da revista enviou à Rede Globo com questionamentos sobre sua cobertura jornalística das eleições.

Uma das indagações trata do fato de a rede não ter até aqui se interessado em cobrir o outro lado do dossiê Vedoin, aquele em que as suspeitas recaem sobre o próprio PSDB, suspeito de ter operado o esquema ilegal dos sanguessugas durante o governo Fernando Henrique: Há fortes indícios de participação do empresário Abel Pereira, homem da confiança do ex-ministro da Saúde Barjas Negri.

A revista perguntou, entre outras coisas, por que "o Jornal Nacional não citou que 70% das ambulâncias da Planam foram liberadas na gestão do PSDB". Pede explicações para o fato de a Globo ter adotado uma "perspectiva propositiva" na cobertura das eleições para o governo de São Paulo, impedindo por exemplo o candidato do PT, Aloizio Mercadante, de "falar do PCC e da perda de controle da ação policial no estado" enquanto, na disputa presidencial, "era dado espaço amplo para críticas (justas ou injustas, não entramos no mérito) ao candidato Lula".

"Sabe-se que foram produzidas matérias (pelo menos uma) sobre Abel Pereira. A reportagem foi editada, mas não foi ar. Qual o critério adotado nesse caso?", pergunta ainda a revista.

Segue a íntegra da resposta do diretor-executivo de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel:

"Se tem uma coisa que tem alegrado a nós, jornalistas da TV Globo, é o alto grau de isenção que temos conseguido imprimir na cobertura dessas eleições. Essa nossa convicção vem de três fontes: nossa própria avaliação, que é diária e procura verificar se temos nos conduzido com a isenção a que nos propusemos; a avaliação do público, que nos chega diariamente por nosso Centro de Atendimento ao Telespectador, com milhares de telefonemas e e-mails; e pela manifestação de todos os partidos políticos, que têm atestado a isenção de nossos telejornais.

Uma das mais recentes manifestações nesse sentido veio do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em carta à TV Globo, justificando a ausência no debate na antevéspera da eleição, escreveu: 'Aproveito para reafirmar o meu respeito à TV Globo e parabenizá-la pelo trabalho isento que vem fazendo na cobertura destas eleições".

Outros questionamentos

Segundo Carta Capital, o comportamento da Globo "provocou reclamações de vários funcionários da emissora", que estariam insatisfeitos com o tratamento desequilibrado dado à cobertura do dossiê Vedoin.

A revista chama atenção para outros fatos. Um deles é que, no dia da prisão de Valdebran e Gedimar, as equipes de propaganda eleitoral dos candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra chegaram à sede da Polícia Federal em São Paulo antes de todos os repórteres. Baseada em "uma fonte no Ministério da Justiça", a matéria acrescenta que as equipes teriam chegado na PF antes até mesmo que os presos, que "foram detidos no hotel Ibis Congonhas por volta das 6 da manhã do dia 15 de demoraram a chegar à sede da polícia".

Outro ponto nebuloso estaria no fato de não se apurar a versão de Jorge Lorenzetti de que Abel Pereira "tentava comprar, por R$ 10 milhões, as informações que os Vedoin tinham contra os tucanos". Lorenzetti, conhecido por preparar churrascos para o presidente Lula, perdeu o cargo de diretor do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) por seu envolvimento com a negociação do dossiê. 

A revista também afirma que o procurador da República Mário Lúcio Avelar, encarregado de apurar o caso dos sanguessugas, "ainda não mereceu uma investigação de peso". Lembra que o procurador participou da operação de apreensão de dinheiro que terminou tirando Roseana Sarney (PFL-MA) da disputa presidencial de 2002. "Mais tarde, ao fim das investigações, o dinheiro foi devolvido à Lunus e se concluiu que nada tinha ocorrido de ilegal", diz a matéria.

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