O gerente administrativo e financeiro da agenciadora de carga aérea Rodoviário Pigatto, Valdecir José de Sousa, confirmou que a empresa Beta, uma das fornecedoras da Pigatto, compartilhava serviços de carga em vôos exclusivos contratados pela estatal entre 2003 e 2005. Ou seja, a Beta cobrava por um espaço de carga pelo qual já havia recebido dos Correios.
Sousa, que depõe neste momento na Sub-relatoria de Contratos da CPI dos Correios, disse que o compartilhamento de cargas exclusivas da Beta era um procedimento diário. O sub-relator investiga a existência de uma suposta operação feita pela transportadora para que os impostos referentes a essas operações fossem restituídos em São Paulo.
O gerente da Pigatto reconheceu que as notas fiscais emitidas por um dos serviços realizados por sua empresa eram de São Paulo, embora as cargas fossem embarcadas em Porto Alegre. O depoente afirmou que os outros fornecedores também costumam emitir o documento do local de embarque das cargas.