O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), classificou de "ilegítimas" o assédio de Lula e de integrantes do Planalto para convencerem governadores e líderes peemedebistas a formar uma aliança presidencial com os petistas nas eleições de outubro.
Em entrevista à Agência Estado, Temer disse que Lula "atenta contra as instituições" quando articula uma aliança PT-PMDB com algumas lideranças do partido de forma isolada.
"É legítimo que o presidente queira ter uma aliança como PMDB. Agora, tentar seduzir lideranças e governadores para pedir apoio, mesmo sabendo que nós já definimos uma candidatura própria, é ilegítimo", afirmou o presidente da sigla.
Mais uma vez, Temer disse que dificilmente o Planalto terá sucesso nas suas investidas para atrair o PMDB. "O que pode haver é uma ou outra distensão, mas o PMDB deve fechar com a candidatura própria. O que vejo é uma base muito unida em torno desta idéia."
Apesar disso, o presidente do PMDB admitiu uma aliança no segundo turno, caso o candidato do partido não seja bem-sucedido, mas disse estar seguro com a candidatura própria da legenda. "Se não chegarmos ao segundo turno, podemos até conversar. Mas, por enquanto, vamos com nosso candidato. Diria, inclusive, que uma parte dos governistas também deve aderir a nossa tese."