A próxima terça-feira (11) será um dia decisivo para 13 dos 19 deputados acusados de envolvimento no escândalo do mensalão. É na data que os sete integrantes da Mesa da Câmara devem votar o pedido de abertura de processo de cassação contra os parlamentares citados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão. Se aceitos pela mesa, os processos serão encaminhados e julgados pelo Conselho de Ética.
Os parlamentares que terão seus futuros políticos decididos pela mesa da Câmara são os petistas João Magno (MG), João Paulo Cunha (SP), José Mentor (SP),
Josias Gomes (BA), Paulo Rocha (PA) e Professor Luizinho (SP), os progressistas José Janene (PR), Pedro Corrêa (PE), Pedro Henry (MT) e Vadão Gomes (SP), o liberal Wanderval Santos (SP), o peemedebista José Borba (-PR) e o pefelista Roberto Brant (SP).
Ficaram de fora da votação os processos contra os ex-deputados Carlos Rodrigues (RJ) e Valdemar Costa Neto (SP), do PL, que já renunciaram, e Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado. Também não constam os processos contra os deputados José Dirceu (PT-SP), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel (PL-GO), pois já estão em andamento no conselho.
A partir da entrada no colegiado responsável por julgar a conduta dos parlamentares, o deputado não tem mais escolha: se não renunciou, o acusado pode ficar inelegível por até 10 anos, caso seja cassado. Uma vez aprovado, o parecer do conselho é remetido para votação secreta no Plenário da Casa. A Câmara só cassa o mandato com o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados.