Depois da prisão do advogado Sérgio Weslei da Cunha, os parlamentares iniciaram há pouco a segunda parte da acareação da CPI do Tráfico de Armas. Os parlamentares colocaram a advogada Maria Cristina Rachado e o técnico de som Artur Vinícius Pilastres frente a frente. A advogada negou que pagou R$ 200 ao técnico de som por uma gravação de um depoimento sigiloso prestado por dois delegados paulistas à CPI.
O técnico de som Artur Vinícius afirmou que recebeu quatro notas de R$ 50 pela gravação. "Ela colocou o dinheiro no meu bolso e disse guarda aí para ninguém ver". A advogada retrucou: "Eu não paguei, isso é uma acusação grave". Maria Cristina disse que o técnico de som entregou o CD, porque achou que ela teria mais dinheiro. "Depois eu devolvi o CD para ele", declarou. Artur Vinicíus desmentiu Maria Cristina. "Ela não me devolveu o CD em nenhum momento".
Visivelmente irritado, o deputado
Alberto Fraga (PFL-DF) chegou a dizer que a advogada era a causadora do assassinato de 23 policiais e outros tantos, em referência ao ataques promovidos pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo. "Chega de mentira. Eu acho que a gente tinha que ter instrumentos para prender mentirosos. A senhora (Maria Cristina) está mentindo"