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Buratti e Poleto faziam lobby, indicam fitas

Congresso em Foco

27/11/2005 8:47

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Está em poder da CPI dos Bingos escutas telefônicas obtidas com autorização judicial que indicam que o advogado Rogério Buratti e o economista Vladimir Poleto, ex-assessores do ministro Antônio Palocci Filho (Fazenda) na prefeitura de Ribeirão Preto, praticaram lobby e tráfico de influência em setores do governo Lula.

De acordo com a Folha de S. Paulo, as gravações revelam que Buratti e Poleto trataram de encontros da agenda do ministro e discutiram a defesa de interesses privados relacionados ao Banco do Brasil e à Serpros (fundo de pensão dos funcionários do Serpro).

Os diálogos também mostram que os ex-assessores de Palocci mantiveram contato com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. As conversas, ressalta a reportagem, não revelam se os dois tiveram sucesso em suas investidas.

Entre maio e setembro de 2004, Buratti e Poleto conversaram várias vezes sobre um encontro entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Prosper, Edson Menezes. O encontro acabou ocorrendo em 10 de outubro do ano passado.

Nas gravações, segundo a Folha, os dois também discutiram negócios com certificados de recebíveis imobiliários com a Serpros (fundação de previdência dos funcionários da estatal de processamento de dados), que figura entre os fundos de pensão investigados pela CPI dos Correios por suspeitas de desvio de recursos para atender a interesses políticos.

Os diálogos mostram que Poleto agendou e depois comemorou o resultado de uma reunião na fundação. "Num dos diálogos registrados pela escuta, no dia 8 de setembro, Poleto mencionou a preparação de cadastros para operar com o Banco do Brasil e com a divisão da instituição responsável pela gestão de recursos de terceiros, a BB DTVM, a maior da América Latina, com ativos superiores a R$ 150 bilhões", informam os repórteres Leonardo Souza e Andrea Michael.

Na ocasião, lembra a reportagem, Poleto trabalhava como consultor do Banco Prosper. Pelo menos em duas ocasiões, em meados de 2004 e no início deste ano, o Prosper apresentou proposta para atuar com o banco e a BB DTVM, mas acabou tendo seu pedido recusado pelo fato de a instituição não atender aos critérios do BB.

Assim como Buratti e Poleto, o presidente da BB DTVM, Nelson Rocha Augusto, e um dos diretores do Serpro, Donizeti Rosa, trabalharam com Palocci na Prefeitura de Ribeirão.

Na avaliação do relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), "há realmente suspeitas e até evidências de que eles operavam esquema de tráfico de influência". Apesar disso, ressalta, é preciso aprofundar as investigações.

Em agosto, a Folha publicou um dos diálogos entre Buratti e Poleto, em que tratavam de encontro do ministro com o presidente do Prosper. Segundo o jornal, eles se referiam a Palocci como "chefe", o que então foi admitido por Buratti. Na conversa, Poleto e Buratti se referiam a uma pessoa como Jota. Em agosto, Buratti negou que Jota fosse Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci até aquele mês.
Nos novos diálogo, conta a reportagem, fica claro que Jota era realmente Juscelino Dourado, que pediu demissão pouco tempo depois que a primeira reportagem da Folha sobre os diálogos foi publicada.

No dia 4 de agosto, uma quarta-feira, Buratti pergunta a Poleto se a audiência teria ocorrido na segunda-feira daquela semana. "Não, o PS [não-identificado] entrou com o Jota só, porque a audiência era com o presidente da Bolsa... Juscelino teve uma saída, né?", responde Poleto.

A assessoria de Palocci confirmou o encontro com o presidente do Prosper, mas ressaltou que o ministro o recebeu na condição de presidente da Bolsa de Valores do Rio, função que Edson Menezes também exercia na época.

No mês passado, Buratti e Poleto complicaram ainda mais o ministro ao declararem à revista Veja que o PT teria recebido dinheiro de Cuba para a eleição de Lula em 2002. A prática é proibida pela legislação eleitoral, que pune até com a perda do registro partidário a infração. Em depoimento à CPI dos Bingos, Poleto negou ter dado a declaração. Mas foi desmentido com a divulgação da gravação da entrevista. Ele só não foi preso por estar amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Buratti, porém, confirmou a denúncia. O advogado também acusa Palocci de ter participado de um esquema de arrecadação de propina. Segundo ele, a empreiteira Leão Leão pagava uma mesada de R$ 50 mil aos petistas para explorar serviços públicos em Ribeirão Preto.
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