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Delúbio esteve em Brasília no dia da primeira retirada

Congresso em Foco

11/10/2005 | Atualizado às 6:29

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Ricardo Ramos

A 15 dias do primeiro saque feito no Banco Rural por João Cláudio Genu, chefe-de-gabinete do deputado José Janene (PP-PR), o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, recebeu um telefonema em seu celular do atual líder do PP na Câmara. Delúbio, porém, estava longe da capital paulista, onde mora. Faturas de empresas aéreas e de hotéis obtidas pelo Congresso em Foco mostram o dirigente do PT estava hospedado no cinco estrelas Blue Tree Park, hotel que fica a poucos metros do Palácio da Alvorada, em Brasília, entre os dias 2 e 17 de setembro de 2003, período em que ocorreram as ligações e os saques. O petista gastou mais de R$ 2 mil na viagem, tudo bancado com recursos do Fundo Partidário.

O cruzamento entre os saques feitos pelo chefe-de-gabinete de Janene e os telefonemas trocados entre o deputado do PP e o então tesoureiro do PT apontam para dois períodos de retiradas. Antes do telefonema de 2 de setembro de 2003, Janene havia discado outras 16 vezes para Delúbio. As ligações começaram três meses antes. Além do saque de R$ 1 milhão, Genu fez outras três retiradas que somam R$ 600 mil até o dia 20 de janeiro de 2004.

Após o telefonema do dia 2 de setembro, Janene só voltou a discar para Delúbio cinco meses depois, no dia 17 de fevereiro de 2004. No dia 25 do mês seguinte, o chefe-de-gabinete da liderança do PP voltou a fazer saques nas contas de Marcos Valério. Naquele dia, Genu retirou R$ 300 mil. Posteriormente o assessor sacou outros R$ 2,2 milhões, em outras duas ocasiões. Uma retirada no valor de R$ 1,2 milhão, na corretora Bônus-Banval, e outra, no valor de R$ 1 milhão, na agência do Banco Rural. Nesse segundo período, Janene também disparou 17 telefonemas para o ex-tesoureiro do PT.

A quebra de sigilo de Delúbio Soares mostra que o então tesoureiro do PT só retornou às ligações de Janene antes desses dois períodos de saques: no dia 2 de setembro de 2003 e em 17 de fevereiro de 2004.

O presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), tentou desqualificar as informações encaminhadas por Valério à Procuradoria-Geral da República que apontam o chefe-de-gabinete da liderança do partido como um dos principais sacadores de suas contas. O deputado pernambucano disse que os saques somam apenas R$ 700 mil. "Nenhum outro saque feito por Genu era de conhecimento do partido nem foi autorizado pelo partido", garantiu, em depoimento à CPI do Mensalão. Segundo ele, o assessor sacou R$ 300 mil, no dia 17 de setembro de 2003, e outros R$ 300 mil, no dia 24 do mesmo mês. Em janeiro de 2004, teria recebido cerca de R$ 100 mil das mãos da diretora-financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos.

À CPI, Corrêa frisou que o dinheiro foi usado para pagar os honorários de Paulo Goyaz, advogado de defesa do deputado Ronivon Santiago (AC), cassado recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico nas eleições de 2002, mais precisamente, por compra de votos. Quatro dias depois, em depoimento à CPI, Genu sustentou a mesma versão de Corrêa. O problema é que essa foi a quarta apresentada pelo partido desde a eclosão da crise (leia mais).

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