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Cronologia da crise do caseiro

Congresso em Foco

21/4/2006 0:54

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14 de março - O caseiro Francenildo dos Santos Costa, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo desmente o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e diz que ele esteve, por mais de dez vezes, na mansão alugada pela chamada "república de Ribeirão Preto" no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, para fazer lobby e festas animadas pelas garotas de Jeany Mary Corner.

15 de março - Sufocado pelas acusações, Palocci começa a busca elementos para desacreditar o caseiro e levantar a suspeita de interferência da oposição nas revelações. O ministro é então avisado de que Francenildo recebera depósitos vultosos em sua conta bancária na Caixa Econômica Federal.

16 de março - O então presidente da CEF, Jorge Mattoso quebra o sigilo bancário de Francenildo Costa e entrega os extratos da conta nas mãos de Palocci. O material foi o suficiente para deixar o então ministro aliviado e eufórico: o caseiro, que ganhava R$ 700 mensais como empregado da casa do lobby, recebera R$ 25 mil entre janeiro e março. "Pegamos o caseiro", teria dito Palocci.
 
17 de março - A revista Época inaugura a primeira edição de seu blog na Internet com os dados bancários do caseiro, no início da noite. No mesmo dia, Francenildo convoca uma coletiva para argumentar que o dinheiro em sua conta fora depositado pelo seu suposto pai biológico, o empresário Euripedes Soares, que vive em Teresina (PI).

18 de março - O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sai em defesa do governo e de Palocci, frente ao escândalo da quebra ilegal do sigilo do caseiro. Bastos diz à imprensa que a Polícia Federal não investigará Palocci que, segundo ele, é alvo de um forte ataque especulativo.
 
20 de março - Enquanto o governo responde às acusações de autoritarismo por conta da quebra ilegal do sigilo de Francenildo, a Polícia Federal surpreende ao abrir inquérito para apurar lavagem de dinheiro pelo caseiro, sob o argumento de que ele mantinha, em sua conta, quantia muito superior ao salário de empregado da mansão do lobby. Nildo passava então de testemunha para investigado.
 
21 de março - Pressionada pela opinião pública e pela imprensa, a Polícia Federal começa a apurar a violação do sigilo bancário do caseiro.

23 de março - Thomaz Bastos reúne-se com Palocci na casa dele para falar sobre o inquérito que investiga a quebra do sigilo. O ministro da Justiça convida para o encontro o advogado Arnaldo Malheiros, que se dispõe a defender Palocci. O acerto, porém, não prospera.

Semanas depois, a revista Veja divulgou que, nesse encontro, os três teriam levantado a possibilidade de oferecer R$ 1 milhão a algum funcionário da CEF que aceitasse assumir a culpa pela violação. A versão não foi confirmada pelos ministros ou por Malheiros. Mais tarde, Bastos teria se reunido com Lula e Palocci e sugerido a demissão do ministro da Fazenda.
 
27 de março - O então presidente da Caixa, Jorge Mattoso, recusa-se a assumir sozinho a culpa pela violação do sigilo de Francenildo, como queria Palocci, e revela à PF que entregara os dados bancários do caseiro nas mãos do então ministro da Fazenda. A versão chega aos ouvidos de Lula, que assina a demissão de Palocci.

2 de abril - O jornal Folha de S.Paulo divulga que Palocci teria pressionado o ministro da Justiça para acobertá-lo no inquérito que investiga a quebra de sigilo do caseiro. Do contrário, o então ministro da Fazenda revelaria que um dos assessores de Bastos - o secretário de Direito Econômico do ministério, Daniel Goldberg - estava em sua casa quando Mattoso entregou os dados bancários de Francenildo. No dia seguinte, segundo o jornal, o chefe de gabinete do ministério, Cláudio Alencar, teria afirmado a Bastos que pedira que Goldberg acionasse a PF para investigar o caseiro.

Na noite do mesmo dia, Alencar e Goldberg prestam depoimento à PF. O secretário de Direito Econômico confirmou ter estiado na casa de Palocci, mas disse que não chegou a ver os extratos serem entregues. Mesmo assim, a oposição começa a acusar Bastos de ter protegido o então ministro da Fazenda no caso da quebra ilegal de sigilo.

12 de abril - A revista Veja publica reportagem em que acusa o ministro da Justiça de ser cúmplice de Palocci no episódio da quebra de sigilo. A partir daí, a oposição no Congresso passou a pressionar para que Bastos depusesse na Câmara ou no Senado. Os mais radicais cobraram a saída do ministro.

20 de abril - Após manobras do governo para impedir a ida do ministro da Justiça para se explicar no Congresso - e pouca disposição da oposição -, Thomaz Bastos depõe espontaneamente durante oito horas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

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