Logo após a aprovação do pedido de cassação contra ele pelo Conselho de Ética, o deputado João Magno (PT-MG) disse que não vai recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. João Magno disse estar esperançoso que a sugestão de perda de mandato do colegiado seja rejeitada em plenário.
"Acredito no bom senso do plenário", disse o deputado mineiro, cuja recomendação de cassação foi aprovada esta amanhã por 10 votos a três. Magno voltou a criticar a postura do relator do seu processo, Jairo Carneiro (PFL-BA), que, segundo ele, adotou "dois pesos e duas medidas" em outro processo de cassação semelhante ao dele, o do deputado Roberto Brant (PFL-MG). Carneiro votou pela absolvição de Brant, seu correligionário.
Desde o início do processo, João Magno admitiu ter recebido recursos do valerioduto para pagamento de despesas de campanha em 2002 e 2004. Na época, o deputado não contabilizou esses recursos na sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Mais tarde, depois das investigações da CPI dos Correios, o deputado apresentou os recibos e fez uma prestação adicional de contas ao Tribunal eleitoral mineiro.