Por 10 votos a três, o Conselho de Ética aprovou há pouco o pedido de cassação do deputado João Magno (PT-MG). A maioria dos deputados do colegiado ratificou o texto do relator do caso, Jairo Carneiro (PFL-BA), de sugerir a perda de mandato de Magno.
Seguiram o relator os deputados
Chico Alencar (Psol-RJ), Orlando Fantazzini (Psol-SP), Ann Pontes (PMDB-PA), Nelson Trad (PMDB-RS), Josias Quintal (PSB-RJ), Moroni Torgan (PFL-CE),
Carlos Sampaio (PSDB-SP), Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB-SP) e Colbert Martins (PPS-BA).
Foram contrários à sugestão do relator os deputados José Carlos Araújo (PL-BA), Angela Guadagnin (PT-SP) e Sandes Júnior (PP-GO).
O pedido de cassação de João Magno agora será submetido à votação do plenário da Câmara.
"Minha consciência está serena"
João Magno afirmou que estava tranqüilo com o resultado da votação. "A minha consciência está inteiramente serena", disse, para quem o relatório preparado por Jairo Carneiro foi escrito com "caneta de chumbo".
O deputado mineiro admitiu ter recebido recursos do valerioduto para custear suas campanhas em 2002 e 2004. O repasse dos recursos foi acertado com o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Ele sugeriu uma mudança na legislação eleitoral de forma a não punir o candidato - atualmente único responsável pela prestação de contas.