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Congresso em Foco
7/11/2005 23:45
Guillermo Rivera
Uma curiosa movimentação partidária envolveu o PMDB no começo deste ano, com um grande inchaço perto do carnaval. No final de janeiro, a legenda recebeu uma avalanche de deputados. Zequinha Marinho (PA), Pastor Amarildo (TO), Dr. Heleno (RJ), Deley (RJ), Carlos Willian (MG), Cabo Júlio (MG) e Alexandre Santos (RJ) desembarcaram no partido sob as bênçãos do ex-governador do Rio Anthony Garotinho com duas missões imediatas: desestabilizar a candidatura de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) à presidência da Câmara e destituir o então deputado José Borba (PR) da liderança do PMDB.
A "bancada evangélica do Garotinho", como foi chamada na época, ganhou mais um reforço por volta da terceira semana de fevereiro, logo após a quarta-feira de cinzas. Entre os dias 11 e 16 de fevereiro, 11 deputados aderiram ao PMDB. Pouco mais de uma semana depois, no dia 22 de fevereiro, praticamente todos os que foram para a legenda tiveram suas filiações canceladas pelo presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP). A medida foi tomada porque o diretório nacional não tinha mais conhecimento das filiações.
No dia 28 de fevereiro, cinco deles conseguiram voltar mais uma vez ao PMDB (as movimentações detalhadas dos parlamentares estão em um quadro abaixo). E lá ficaram até às vésperas do prazo final para a troca de partido, no final de setembro, quando se alojaram no PSC.
Festival de filiações
Independentemente do desgaste de tantas idas e vindas, o troca-troca trouxe dividendos políticos para o partido. È que a distribuição do comando das comissões é feita a partir da composição das bancadas na primeira hora do dia 15 de fevereiro. Inchado, o PMDB ficou com a presidência de três comissões permanentes.
Uma semana depois, o partido perdeu cinco cadeiras na Câmara. O deputado Ronivon Santiago (AC) teve sua filiação cancelada pelo diretório do Acre. Renato Cozzolino foi desfiliado pelo diretório de seu município, Magé (RJ). O deputado André Luiz (RJ), denunciado no Rio pela CPI da Loterj porque teria negociado com o empresário do jogo Carlinhos Cachoeira para retirar seu nome da investigação, foi expulso do partido. E o deputado Costa Ferreira (MA), de acordo com matéria publicada à época pelo jornal Correio Braziliense, "deixou o PMDB sem maiores explicações".
Um dia após a saída dos neófitos, em 23 de fevereiro, o deputado Saraiva Felipe (MG) - hoje ministro da Saúde - foi confirmado como líder da bancada. Mesmo tendo o apoio dos novatos, Saraiva criticou o que chamou de "festival de filiações" a seu partido na véspera da sua escolha. Por semanas, revezou-se na liderança com Borba, que tinha o apoio do Planalto. O paranaense acabou deixando o cargo em julho e renunciando ao mandato há um mês, envolvido no escândalo do mensalão.
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