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SISTEMA FINANCEIRO
Congresso em Foco
15/4/2025 13:46
A negociação entre o Banco de Brasília (BRB) e o Banco Master, que prevê a aquisição de 49% a 58% do capital da instituição privada por até R$ 2 bilhões, levou à apresentação de um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. O senador Izalci Lucas (PL-DF), que já havia proposto uma audiência pública para tratar do caso, anunciou que começará a coleta de assinaturas para abrir a comissão. O objetivo, segundo ele, é esclarecer os termos da transação e seus possíveis impactos sobre o sistema financeiro e os cofres públicos.
Para a criação da CPI, são necessárias ao menos 27 assinaturas de senadores. Como o Senado está esvaziado por causa do feriado da próxima sexta-feira (18), o senador deve começar a buscar o apoio dos colegas na próxima semana.
Izalci e outros parlamentares do Distrito Federal já se reuniram com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para manifestar preocupação com o negócio. Izalci, juntamente com as senadoras Damares Alves (Republicanos-DF) e Leila Barros (PDT-DF), apresentou requerimento conjunto para que o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro, prestem esclarecimentos na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
O BRB, com o apoio da consultoria KPMG, ainda analisa quais ativos do Banco Master serão efetivamente incorporados. Só após essa etapa será possível definir o destino dos ativos que ficarem de fora entre eles, operações de risco e carteiras de difícil precificação, como precatórios, direitos creditórios e empréstimos a empresas em dificuldades financeiras.
Valor rediscutido
Na semana passada, o presidente do BRB indicou que o valor inicialmente anunciado de R$ 2 bilhões poderá ser reduzido. Segundo Paulo Henrique Costa, a diligência em andamento aponta que mais de R$ 33 bilhões em ativos do Master devem ser excluídos da operação, superando os R$ 23 bilhões inicialmente estimados. A possível redução no valor da compra evidencia a complexidade e os riscos envolvidos, sobretudo devido à composição dos ativos do Master, fortemente concentrados em CDBs e operações de baixa liquidez.
A operação ainda depende da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O BC acompanha de perto a negociação e já se reuniu com representantes das duas instituições para avaliar os riscos de liquidez e o impacto da eventual incorporação no sistema bancário.
Ativos
Entre os ativos do Banco Master que interessam ao BRB estão as operações de crédito consignado por meio da CredCesta, o braço de câmbio, o atendimento a pequenas e médias empresas e o Will Bank considerado uma aposta estratégica para ampliar a atuação digital do BRB, especialmente nas classes C e D.
O Banco Central, no entanto, pode vetar a compra de determinados ativos caso considere que eles representem riscos à saúde financeira do BRB.
Em 2024, o Banco de Brasília registrou lucro de R$ 282 milhões, enquanto o Banco Master lucrou aproximadamente R$ 1 bilhão mais do que o triplo. Apesar do desempenho expressivo, a composição dos lucros do Master e os riscos associados à sua carteira de crédito preocupam analistas de mercado. Entre agosto e dezembro de 2024, o BRB já havia adquirido R$ 5,9 bilhões em carteiras de crédito, sendo R$ 4,7 bilhões oriundos do próprio Master.
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