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8 DE JANEIRO
Congresso em Foco
7/5/2025 17:50
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) o parecer que determina a sustação da ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), na qual é corréu junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outros membros do antigo governo por tentativa de golpe de Estado e demais crimes relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023.
O parecer, relatado pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL), recebeu 44 votos favoráveis e 18 contrários. O pedido de trancamento do processo foi apresentado pela liderança do PL, com base no 3º do artigo 53 da Constituição Federal, que permite à Câmara sustar ações penais contra seus membros por crimes supostamente cometidos após a diplomação.
Com a aprovação na CCJ, o parecer segue agora para apreciação do plenário da Câmara dos Deputados, que terá a decisão final sobre a sustação. Caso aprovado, pode começar uma nova disputa: o relatório defende a suspensão integral da ação sem citar réus específicos, podendo entrar em atrito com o entendimento firmado no STF de que a imunidade parlamentar não se estende a corréus.
Argumentação do relator
No parecer aprovado, Alfredo Gaspar sustenta que os crimes imputados a Ramagem incluindo tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado teriam ocorrido após sua diplomação em dezembro de 2022, o que autoriza a sustação do processo segundo a Constituição.
O texto contrapõe a posição do presidente da 1ª Turma do STF, ministro Cristiano Zanin. Em despacho enviado anteriormente à Mesa Diretora da Câmara, ele afirmou que eventual suspensão poderia valer apenas para o deputado e exclusivamente para os crimes cometidos após a diplomação, sem alcançar os demais réus nem os crimes anteriores. O despacho foi enviado a pedido do líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ).
Base dividida
O relatório contou com amplo apoio de partidos que formam a base do governo: as bancadas do União Brasil, PP, Republicanos e MDB, todos com ministérios, foram unânimes no voto favorável à suspensão da ação penal. O PDT, partido recém saído da base mas que ainda detém o Ministério da Previdência, também votou "sim". PSD ficou dividido, enquanto PT, PSB e Psol votaram "não".
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