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Senadoras reagem a ataques contra Marina Silva: "Não vai ter convocação"

Leila Barros e outras parlamentares denunciam misoginia e prometem barrar tentativa de obrigar ministra a depor novamente.

28/5/2025
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A líder da bancada feminina no Senado, Leila Barros (PDT-DF), afirmou nesta terça-feira (27) que irá trabalhar para impedir qualquer tentativa de convocar a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) para depor novamente em comissão da Casa.

O senadora Leila Barros (PDT-DF) é a líder da bancada feminina na Casa.Andressa Anholete/Agência Senado

A fala ocorreu após senadores sugerirem a convocação da ministra, que deixou uma audiência na Comissão de Infraestrutura depois de ser alvo de interrupções e ataques verbais. "Não vai ter convocação", declarou Leila, prometendo mobilização caso a medida avance.

Marina participou da comissão como convidada para discutir licenças ambientaise foi confrontada por senadores como Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM). Marcos mandou a ministra "se pôr no seu lugar", e Plínio afirmou que respeita Marina apenas "como mulher, não como ministra". Diante das ofensas, Marina deixou a sessão.

Bancada feminina fala em violência de gênero

Em nota oficial, a bancada feminina classificou as falas como "misóginas e sexistas" e acusou os parlamentares de violarem o Regimento Interno do Senado, ao cortar o microfone de Marina e impedir seu direito de resposta. Segundo as senadoras, a sessão foi marcada por uma tentativa de silenciamento e por expressões do machismo estrutural.

Leila ressaltou que "foi preciso que a última palavra fosse de um homem" e repudiou o comportamento dos colegas. Outras senadoras, como Soraya Thronicke (Podemos-MS), Zenaide Maia (PSD-RN) e Mara Gabrilli (PSD-SP), também se solidarizaram com Marina e cobraram respeito à presença feminina no Parlamento.

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