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Congresso em Foco
9/6/2025 16:17
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou nesta segunda-feira (9), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no relatório produzido pela comissão eleitoral do Ministério da Defesa sobre as eleições de 2022. Segundo Cid, Bolsonaro queria que o texto sugerisse a possibilidade de fraude, em contraste com a versão técnica defendida pelos militares envolvidos no trabalho de fiscalização.
"Houve esse tipo de pressão, porque, inicialmente, o general Paulo Sérgio [Ministro da Defesa] tinha feito um documento com uma conclusão muito mais técnica, dizendo que não houve fraude", disse o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo ele, o presidente insistia que a conclusão fosse "mais dura, apontando que pode ter havido fraude ou alguma coisa assim".
Veja a fala:
A tentativa de interferência, de acordo com o depoente, se deu em duas frentes: primeiro, durante a elaboração do relatório da Comissão de Transparência das Eleições; depois, na redação de uma nota oficial após manifestação do Tribunal Superior Eleitoral. "Teve esse segundo momento também", confirmou Cid, ao relatar que Bolsonaro atuou para que o então ministro da Defesa editasse uma nota dizendo "que não encontrou nada, mas também não podemos afirmar que nada pode ser encontrado".
A atuação das Forças Armadas no processo eleitoral foi uma das principais controvérsias do pleito de 2022. A comissão liderada pelo Ministério da Defesa fiscalizou urnas e resultados a pedido do próprio governo. A atuação foi alvo de críticas de opositores, que viam a presença militar como tentativa de pressionar o Judiciário e questionar a legitimidade da votação.
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