Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Soraya pede indiciamento de Virginia, Deolane e outras 14 pessoas

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

CPI DAS BETS

Soraya pede indiciamento de Virginia, Deolane e outras 14 pessoas

Influenciadoras digitais são suspeitas de praticar propaganda enganosa e estelionato, entre outros crimes. Veja a lista dos pedidos de indiciamento.

Congresso em Foco

10/6/2025 | Atualizado às 12:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Virgínia em depoimento na CPI das Bets em maio.

Virgínia em depoimento na CPI das Bets em maio.Gabriela Biló/Folhapress

A influenciadora Deolane Bezerra e a empresária digital Virginia Fonseca estão entre os nomes mais destacados da lista de 16 pessoas que a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) propôs para indiciamento no relatório final da CPI das Bets, entregue nesta segunda-feira (10). Duas empresas, a Paybrokers e a BRAX Produção e Publicidade, também foram incluídas na relação de suspeitos.

O documento conclui que o setor de apostas esportivas on-line se transformou em um ambiente de fraudes, manipulações e crimes financeiros, diante da ausência de fiscalização eficaz do Estado. Os pedidos de indiciamento, segundo a relatora, são medidas iniciais para viabilizar ações penais, civis e administrativas, além de permitir bloqueios de bens e investigações fiscais.

Cabe agora à comissão aprovar ou não as recomendações da relatora. A senadora faz a leitura de seu relatório na CPI neste momento. Assista à transmissão:

Deolane Bezerra: plataforma ilegal, R$ 5 milhões e influência enganosa

A principal acusação contra Deolane Bezerra é sua relação com a plataforma Zeroumbet, apontada pela CPI como um site não credenciado junto ao Ministério da Fazenda, que operava ilegalmente no Brasil e no exterior. Segundo a senadora, Deolane divulgou em seus perfis nas redes sociais, informações falsas, como a de que a plataforma era autorizada pelo governo federal.

A relatora afirma que a influenciadora e advogada usou sua imagem pública para dar aparência de legalidade a uma operação criminosa, incentivando seguidores a apostar em um ambiente sem transparência ou segurança jurídica.

De acordo com as investigações, empresas ligadas à influenciadora movimentaram R$ 5 milhões com indícios de lavagem de dinheiro, por meio de contratos de fachada. A relatora também identificou elementos de organização criminosa, com estrutura montada para burlar a legislação brasileira e ocultar a origem dos recursos.

Deolane foi convocada a depor, mas não compareceu, amparada por decisão judicial. Mesmo assim, a CPI concluiu haver provas suficientes para sugerir seu indiciamento pelos crimes de:

  • Lavagem de dinheiro
  • Organização criminosa
  • Estelionato
  • Exploração ilegal de jogos de azar

Virginia Fonseca: ganhos fictícios e propaganda enganosa

Já a influenciadora Virginia Fonseca admitiu à CPI ter divulgado apostas on-line utilizando contas simuladas, ou seja, sem valores reais, apenas para encenar vitórias e lucros. Essas ações foram consideradas propaganda enganosa e possível estelionato, por induzir seguidores a apostarem dinheiro real com base em promessas fictícias de ganho.

O relatório destaca que Virginia violou deveres de transparência, especialmente por ter grande influência entre jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade financeira, grupos mais suscetíveis ao vício em jogos. De acordo com a senadora, a conduta de Virginia era "grave não só por induzir em erro, mas por mascarar os verdadeiros riscos e estimular o vício entre milhões de seguidores".

A relatora recomenda seu indiciamento por:

  • Propaganda enganosa
  • Estelionato

Além disso, Soraya sugere o envio dos autos ao Ministério Público e à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), para apuração de responsabilidade penal e possível sanção administrativa.

Quem mais está na lista de indiciamentos?

A senadora propôs o indiciamento de outras 14 pessoas por diferentes crimes relacionados ao funcionamento de casas de apostas ilegais, intermediação financeira, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

  • Marcus Vinicius Freire de Lima e Silva: lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e tráfico de influência;
  • Adélia de Jesus Soares, Daniel Pardim, Leila Pardim: lavagem de dinheiro e organização criminosa;
  • Ana Beatriz Barros, Jair Machado Jr., José Saturnino, Marcella Oliveira, Gilliard Oliveira: todos ligados à operação da Zeroumbet;
  • Pâmela Drudi: promoção enganosa de apostas;
  • Erlan e Fernando Oliveira Lima, Toni Rodrigues: ligados a empresas de fachada e movimentações financeiras suspeitas;
  • Bruno Viana Rodrigues: lavagem, organização criminosa e exploração de jogos.

Empresas também na mira

Duas empresas foram indicadas para investigação:

  • BRAX Produção e Publicidade Ltda.: fachada para movimentações atípicas e lavagem de dinheiro ligada a eventos esportivos;
  • Paybrokers EFX Facilitadora de Pagamentos S.A.: acusada de intermediar pagamentos entre jogadores e plataformas ilegais, facilitando sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

A senadora Soraya enfatizou que os pedidos de indiciamento não representam condenação, mas sim a formalização de indícios para que o Ministério Público, Receita Federal, Banco Central, Senacon e outros órgãos conduzam investigações e possíveis responsabilizações.

"O Brasil virou um faroeste digital das apostas. Essa CPI é um freio de arrumação para proteger famílias, consumidores e a ordem econômica", concluiu a relatora. Soraya também propõe 20 medidas para coibir jogos altamente viciantes. Entre elas, a proibição do chamado jogo do tigrinho.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Soraya Thronicke Deolane Bezerra Virginia Fonseca apostas esportivas CPI das bets Senado

Temas

Congresso

LEIA MAIS

Segurança

Senado atualiza Política Nacional de Defesa

SEGURANÇA PÚBLICA

Câmara aprova aumento de pena para crimes com armas de uso restrito

Improbidade Online

Comissão aprova projeto que tipifica improbidade em publicações online

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

INTERROGATÓRIO

Bolsonaro chama Moraes para ser vice em 2026, que nega: "Eu declino"

2

8 DE JANEIRO

Bolsonaro: manifestantes acampados no QG do Exército eram "malucos"

3

ORÇAMENTO

Nova decisão sobre emendas inflama Congresso e ameaça decreto do IOF

4

INTERROGATÓRIO NO STF

Citado por Fux, Bebianno alertou em 2019 que Bolsonaro tentaria golpe

5

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Haddad acusa deputados de "molecagem" e sessão na Câmara vira tumulto

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES