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Hugo Motta: urgência contra aumento do IOF é "recado da sociedade"

Sem citar nomes, Motta rebateu a ideia de que a elevação do imposto sobre operações financeiras afeta apenas uma parcela da população.

17/6/2025
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Hugo Motta na presidência da sessão que aprovou a urgência para a derrubada do decreto do IOF.Bruno Spada/Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou a aprovação do regime de urgência para o projeto que derruba o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como um "recado claro da sociedade" ao governo Lula (PT). A declaração foi feita logo após a votação desta segunda-feira (16), que teve 346 votos a favor e 97 contrários.

"346 votos. Um recado claro da sociedade. A Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto", afirmou Motta.

O presidente da Câmara ainda minimizou o discurso do governo de que o aumento afetaria apenas os mais ricos: "Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio".

Reação ao governo e Haddad

As declarações de Hugo Motta fazem referência direta a uma fala recente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disse que a compensação pelo aumento do IOF recairia apenas sobre os "donos de cobertura". Sem citar nomes, Motta rebateu a ideia de que o tema afeta apenas uma parcela da população.

"Não é hora de medir forças", afirmou. "É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável."

O que muda com a urgência

A aprovação do regime de urgência acelera a tramitação do projeto. Com isso, a proposta poderá ser votada diretamente no plenário da Câmara, sem precisar passar pelas comissões temáticas. Se aprovado, o texto suspenderá o decreto editado pelo Executivo na última quinta-feira (11), que promoveu a terceira alteração nas alíquotas do IOF desde maio.

Na votação, apenas o PSB e a federação formada por PT, PCdoB e PV orientaram suas bancadas a votar contra o requerimento de urgência. A liderança do governo e da maioria liberaram os deputados para decidir individualmente.

O resultado expressivo reforça o clima de tensão entre o Legislativo e o Palácio do Planalto em torno da política fiscal.

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