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ATO NA AVENIDA PAULISTA
Congresso em Foco
29/6/2025 17:14
Em nova manifestação neste domingo (29), na Avenida Paulista, organizada pelo pastor Silas Malafaia sob o lema "Justiça Já", o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a lamentar a derrota eleitoral de 2022 e criticou o Supremo Tribunal Federal, atribuindo à Corte influência no resultado. Ele afirmou que é processado por uma "fumaça de golpe" e que o objetivo da investigação não seria prendê-lo, mas "eliminá-lo".
"Me processam por uma fumaça de golpe. Que golpe é esse que até hoje o Mossad não está sabendo nada sobre ele?", questionou, citando o serviço secreto de Israel.
Réu no Supremo por tentativa de golpe e inelegível até 2030, Bolsonaro pediu anistia para os presos do 8 de janeiro: "Eu apelo aos Três Poderes da República. Sentem, conversem, pacifiquem o Brasil. Força e liberdade a esses inocentes do 8 de janeiro", declarou.
Ele também ironizou a acusação de tentativa de ruptura democrática: "Golpe de Estado com idosos, com mulheres, com mães, com bandeira nas costas, com a Bíblia embaixo do braço? O golpe se dá com Forças Armadas, com armamento, com o núcleo financeiro, com o núcleo político, com apoio de instituições, inclusive fora do Brasil. Que golpe é esse, meu Deus do céu?"
O evento reuniu apoiadores vestidos de verde e amarelo, exibindo bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. Entre as lideranças presentes estavam os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC), além dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e Marcos Rogério (PL-RO), e deputados como Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO). O deputado goiano discursou em inglês, afirmando que o Judiciário ameaça as liberdades democráticas no Brasil.
Durante a fala, Bolsonaro também reforçou que não tentou dar um golpe de Estado: "Se fosse uma tentativa de golpe, vocês não estavam aqui. Queremos justiça, pacificação, o bem do nosso país." Segundo a Procuradoria-Geral da República, a denúncia aceita pelo Supremo apontou que a ruptura não ocorreu por falta de apoio no Exército.
O ex-presidente ainda pediu força política para influenciar o Congresso, ressaltando que poderia atuar como presidente de honra do PL, mesmo inelegível: "Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil. Nem preciso ser presidente. Faremos isso por vocês", disse, em cima de um carro de som, acompanhado dos filhos Jair Renan, Flávio e Carlos Bolsonaro, além de outros aliados.
O governador Tarcísio de Freitas, único dos chefes de Executivos estaduais a discursar, elogiou Bolsonaro e criticou o governo Lula, os juros altos e o aumento de impostos. Ele disse que os presentes representavam a voz do povo e declarou: "Podem tentar tirar a pessoa das urnas, mas nunca vão tirar do coração do povo. Jamais o Bolsonaro vai sair do coração de cada um de vocês."
Em tom de pré-campanha, Tarcísio reafirmou o apoio ao ex-presidente e afastou, ao menos por ora, a hipótese de disputar o Planalto em 2026, apesar de ser apontado como eventual sucessor.
Silas Malafaia, que organizou o ato, também criticou o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de "ditador". Ele voltou a atacar a delação do coronel Mauro Cid, classificando-a como "fajuta" e insuficiente para sustentar denúncias.
A manifestação deste domingo teve tom mais moderado do que a de março, quando o mote era "anistia" aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Segundo os organizadores, o objetivo agora era criticar o julgamento no STF e reforçar apoio ao ex-presidente, considerado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral.
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