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Segurança bancária
Congresso em Foco
11/8/2025 | Atualizado às 16:42
O aumento de golpes e fraudes no sistema financeiro tem levado bancos e outras instituições a reforçar mecanismos de segurança para proteger clientes e operações. Diante dessa realidade, a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) passou a gerir o Selo de Prevenção a Fraudes, certificação voltada a reconhecer organizações que adotam as melhores práticas do mercado no combate a crimes virtuais.
O Congresso em Foco conversou com a diretora-superintendente da confederação, Cássia Botelho, que explicou que a iniciativa foi criada "pelo mercado e para o mercado" e busca, antes de tudo, proteger o consumidor. "Hoje, essa questão da fraude, infelizmente, é transversal e crescente. Eu acho que traz mais confiança [ao cliente]. Por exemplo, eu gostaria que meu banco tivesse o selo, graças a Deus ele tem", argumenta a diretora.
De iniciativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a ideia da criação do selo ocorreu em 2023, quando foi testado em um grande banco. No ano seguinte, a Fin assumiu a governança, ampliando o alcance para além dos bancos tradicionais e incluindo fintechs, instituições de pagamento e bancos digitais.
Como funciona a avaliação
O comitê de governança do selo atua junto dos próprios participantes e do mercado financeiro. Anualmente, a Fin avança os critérios de avaliação para "elevar a régua" das instituições detentoras do selo de proteção contra fraudes. Para uma organização ser contemplada com o selo, é necessário atingir uma nota superior a 90 na análise realizada pela confederação.
"Em 2025 a gente já passou a atuar também bastante dentro dos processos internos, foi criado mais um pilar. Então, são vários pilares, como é que é a cooperação, como é que é o diálogo entre setores, todos os requisitos processuais em relação à prevenção a fraude dentro das instituições, toda a parte de TI, parte de compliance, se essas áreas conversam entre si", explica Cássia Botelho.
Novos golpes
A diretora alerta para a evolução das estratégias usadas por fraudadores, que combinam engenharia social e inteligência artificial para enganar clientes. "A gente via muito aquela questão do 'faz o Pix que estou com seu filho sequestrado. Hoje já tem outras coisas, como links falsos. Tudo isso o selo verifica ano a ano", argumenta.
Para Cássia, o selo ajuda a criar um mercado mais coeso e seguro, estimulando as instituições a revisar e fortalecer seus próprios processos. "Não vamos resolver todos os problemas com o selo, longe disso. Mas pelo menos podemos ter uma parceria maior, visualizar melhor, e é um benefício muito grande quando a instituição tem seus processos internos analisados de forma criteriosa".
O Selo de Prevenção a Fraudes está em seu terceiro ciclo de avaliação. No fim do segundo semestre, a Fin pretende realizar uma premiação para destacar as organizações que mais se sobressaíram no combate a golpes e fraudes. A lista das instituições certificadas está disponível no site oficial da confederação.
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