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CRISE DE SOLUÇO
Congresso em Foco
16/8/2025 | Atualizado às 10:53
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou neste sábado (16) a prisão domiciliar para realizar exames médicos no Hospital DF Star, em Brasília. A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações que levaram à prisão preventiva do ex-presidente.
De acordo com a defesa, os médicos solicitaram nove procedimentos, entre eles coleta de sangue e urina, endoscopia e ultrassonografia de próstata. A previsão é que os exames levem entre seis e oito horas.
O que dizem os advogados
Em petição enviada ao STF, os advogados afirmaram que a bateria de exames é necessária para o "seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços refratários, bem como da verificação das condições atuais de saúde".
A defesa terá até 48 horas após a realização dos exames para apresentar um atestado médico ao tribunal.
Quadro clínico
Segundo aliados e familiares, Bolsonaro voltou a apresentar crises de soluços e falta de ar nos últimos dias. Os sintomas são atribuídos a uma esofagite decorrente da cirurgia abdominal realizada em abril. Desde a facada sofrida em Juiz de Fora (MG), em 2018, Bolsonaro já passou por nove cirurgias e foi internado em ao menos 13 ocasiões.
Um dos médicos relatou que, na última quarta-feira (13), ele chegou a ter dificuldade para completar frases devido à dispneia. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, disse que o quadro piorou após a prisão domiciliar.
Prisão domiciliar e restrições
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde a semana passada, determinada por Moraes após "reiterado descumprimento de medidas cautelares". Uma das proibições impostas é o uso de redes sociais, direta ou indiretamente.
O ministro também já havia autorizado que médicos indicados por Bolsonaro o acompanhassem em casa sem necessidade de comunicação prévia ao STF, e garantiu respaldo judicial em caso de internação urgente, desde que o fato seja comunicado em até 24 horas.
Apesar do quadro de saúde, relatos de aliados indicam melhora no humor do ex-presidente. Na semana anterior, ele chegou a chorar ao falar da impossibilidade de contato com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos e é alvo de investigação da Polícia Federal.
Enquanto isso, Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, tem atuado como principal interlocutora do ex-presidente com lideranças do partido. Ela está diariamente na sede da sigla em Brasília e tem repassado orientações políticas.
Nos próximos dias, Bolsonaro deve receber visitas autorizadas de dirigentes do PL, como Valdemar Costa Neto, Rogério Marinho e Altineu Côrtes.
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