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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
16/8/2025 15:49
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançou neste sábado (16) sua pré-candidatura à Presidência da República em evento do partido em São Paulo. Em discurso de cerca de 15 minutos, ele tentou se apresentar como alternativa da direita para 2026, fez ataques ao presidente Lula (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e criticou o Bolsa Família.
Zema afirmou que o programa social precisa de um mecanismo de transição para que beneficiários consigam se inserir no mercado de trabalho sem perder imediatamente o auxílio. Segundo ele, é preferível pagar o Bolsa Família por "3 ou 4 anos para quem está trabalhando, do que 30 para um desempregado".
"O brasileiro quer dignidade. Temos de criar um mecanismo de desmame para o Bolsa Família. Algo como 'você vai trabalhar, você vai continuar recebendo o Bolsa Família, até o dia que a pessoa falar, eu já estou aqui tão solidificado na minha profissão que eu não preciso mais do Bolsa Família. Alguma coisa nessa linha que é preciso estudar", disse o governador.
Ele também declarou que o Nordeste é o maior desafio da direita, mas disse acreditar que a população da região está "acordando" para a ideia de que o programa não garante dignidade nem futuro.
Críticas ao PT e ao STF
O governador afirmou que o país precisa "acertar as contas" com o que chamou de três inimigos: "o lulismo, os parasitas do Estado e as facções criminosas".
"Vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa. Vamos chegar a Brasília para acabar com os abusos e perseguições do Alexandre de Moraes. Vamos chegar a Brasília para libertar o Brasil", declarou.
Zema ainda defendeu a saída do Brasil do Brics, criticando a aproximação com regimes que classificou como "totalitários".
Espaço para alianças
Apesar do lançamento, o mineiro reconheceu que sua candidatura pode ser revista em função da conjuntura política, inclusive em caso de pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Vejo com naturalidade essas mudanças na política. Vai depender muito das conversas entre os partidos", afirmou.
Ele também elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado favorito para herdar o apoio do bolsonarismo em 2026, e disse que uma eventual candidatura dele não inviabiliza sua própria participação na disputa.
"O cenário que eu vejo é a direita caminhar com vários pré-candidatos. E lá na frente, no segundo turno, todos estarão juntos", disse.
No discurso, Zema exaltou sua gestão em Minas Gerais, apresentando o estado como um retrato do país. Disse que investiu contra o "novo cangaço" e que hoje "não há um beco ou viela" no estado onde a polícia não possa entrar. "Em Minas, todos os Brasis se encontram", afirmou, defendendo que seu modelo de governo pode ser replicado em nível nacional.
Clima de comício
O evento, realizado na Câmara Americana de Comércio, na zona sul de São Paulo, foi marcado por pompa e forte oposição ao PT e ao STF. Zema foi recebido ao som de "Que País É Esse", da Legião Urbana, e o público entoou gritos de "fora, Lula" e "fora, Xandão".
Painéis eletrônicos, faixas, adesivos e músicas criadas para viralizar nas redes sociais reforçaram o tom oposicionista. Houve ainda críticas abertas de parlamentares do Novo a Moraes, pedidos de impeachment do ministro e exibição de slogans como "STF é puxadinho do PT".
Entre os presentes estavam lideranças do partido, como o senador Eduardo Girão (CE), o deputado Marcel van Hattem (RS) e o ex-deputado cassado e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (PR), que vestia uma camisa com os dizeres "Fora, Moraes".
Pesquisas divulgadas recentemente mostram que Zema ainda é pouco conhecido nacionalmente e aparece atrás de outros nomes da direita como Tarcisio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Junior (PSD-PR) em uma eventual disputa com Lula em 2026.
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