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PESQUISA DE OPINIÃO

Quaest: aprovação ao governo Lula sobe e atinge maior nível em 2025

Pela primeira vez, em seis meses, a aprovação volta a crescer de forma consistente, reduzindo a diferença entre apoiadores e críticos. Veja os números.

Congresso em Foco

20/8/2025 8:13

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que o presidente Lula conseguiu interromper a curva de queda em sua popularidade e apresenta sinais de recuperação. Depois de um primeiro semestre marcado por indicadores econômicos desfavoráveis e pela crise da alta nos preços dos alimentos, o governo voltou a ganhar fôlego: 46% aprovam Lula, ante 40% em junho. A desaprovação, que havia atingido 56% em março, recuou para 51%.

Veja os dados da pesquisa Quaest

A melhora é modesta, mas significativa: pela primeira vez em seis meses a aprovação volta a crescer de forma consistente, reduzindo a diferença entre apoiadores e críticos. Esse movimento interrompe um ciclo de erosão que vinha desde o fim de 2023, quando Lula ainda aparecia com mais de 50% de aprovação.

Quadro aponta melhora na avaliação do governo Lula. Desaprovação, contudo, ainda supera aprovação.

Quadro aponta melhora na avaliação do governo Lula. Desaprovação, contudo, ainda supera aprovação.Reprodução/Quaest

Para o CEO da Quaest, Felipe Nunes, a melhora na aprovação do governo Lula em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos.

"A percepção do comportamento do preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Ao mesmo tempo, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais. Menos pressão inflacionária somada à imagem de um presidente que reage a desafios externos ajudam a explicar o avanço de sua aprovação neste momento", diz Nunes.

Avaliação mais equilibrada

A melhora se reflete também na percepção qualitativa. O grupo que classifica o governo como "positivo" subiu para 31%, enquanto os que avaliam como "negativo" recuaram para 39%. Os que o veem como "regular" somam 27%, estáveis nos últimos meses.

Esse equilíbrio indica que Lula ainda não retomou a hegemonia da narrativa, mas deixou de estar acuado pelo pessimismo dominante que marcou o início do ano.

Força no Nordeste

O presidente mantém seu bastião no Nordeste, onde a aprovação chega a 60%. A região segue sendo a base de sustentação mais sólida, especialmente entre beneficiários do Bolsa Família (60% de aprovação).

Divisão no Sudeste

No Sudeste, que concentra 43% do eleitorado brasileiro, Lula aparece com 42% de aprovação e 52% de desaprovação. Embora desfavorável, esse número é melhor do que no primeiro semestre, quando a rejeição chegou a superar 60%.

Resistência no Sul e Centro-Oeste/Norte

No Sul, a aprovação é de apenas 38%, contra 61% de desaprovação. Já no Centro-Oeste/Norte, Lula consegue 44% de apoio, mas ainda perde para os 53% que reprovam sua gestão.

Perfil social do apoio

O cruzamento por segmentos sociais reforça o padrão histórico do lulismo:

Renda: até 2 salários mínimos, Lula lidera com 55% de aprovação. Entre quem recebe mais de 5 salários mínimos, o índice despenca para 39%.

Escolaridade: quanto maior a escolaridade, maior a desaprovação. O governo é aprovado por 56% dos que têm até o fundamental, mas por apenas 42% dos que concluíram ensino superior.

Religião: Lula mantém maioria entre católicos (54% aprovam), mas enfrenta rejeição pesada entre evangélicos (65% desaprovam).

Gênero: as mulheres estão ligeiramente mais favoráveis (48% aprovam), enquanto entre homens a taxa cai para 44%.

Idade: entre os mais jovens (16 a 34 anos), 54% desaprovam Lula; já entre idosos (60+), há maioria de aprovação (55%).

Esse retrato reforça que a popularidade do presidente se ancora nas classes populares e nos mais velhos, mas encontra resistência entre jovens urbanos, classes médias e evangélicos.

Economia: da crise ao alívio moderado

A economia continua sendo o maior desafio do governo, mas os dados da pesquisa mostram uma mudança de tendência.

Piorou: caiu de 56% em março para 46% em agosto a parcela dos que acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses.

Melhorou: subiu de 16% para 22% no mesmo período.

Expectativa futura: 40% acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, contra 30% em março.

Além disso, o peso da inflação de alimentos começa a ceder. No auge, em dezembro de 2024, 83% afirmavam que os preços tinham subido; em agosto de 2025, o número caiu para 60%.

Trump, tarifas e o discurso nacionalista

Um fator político novo também aparece como determinante: a crise diplomática com os Estados Unidos. Após o presidente Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, Lula assumiu protagonismo no discurso de defesa nacional.

49% acreditam que Lula age em defesa do Brasil, contra 41% que o acusam de se autopromover.

67% defendem negociar com os EUA, alinhados à postura do Planalto.

Quando comparados diretamente, 48% consideram que Lula e o PT estão certos nesse embate, contra 28% que escolhem Bolsonaro e seus aliados.

Esse episódio trouxe ganhos políticos ao presidente, permitindo-lhe reagrupar sua base e se apresentar como líder acima da disputa interna, em um cenário de ameaça externa.

Para a grande maioria, Trump erra ao tarifar o Brasil alegando que Bolsonaro sofre perseguição.

Para a grande maioria, Trump erra ao tarifar o Brasil alegando que Bolsonaro sofre perseguição.Reprodução/Quaest

Comparação com Bolsonaro

A pesquisa confirma que a comparação com Jair Bolsonaro ainda rende dividendos políticos a Lula. 43% consideram que o atual governo é melhor, contra 38% que o veem como pior.

Esse dado é estratégico porque mostra que, mesmo em meio a dificuldades econômicas, o presidente consegue se diferenciar do antecessor em parte significativa da opinião pública, especialmente entre moderados e eleitores que não se identificam com nenhum dos dois polos.

Quadro aponta melhora na avaliação do governo Lula. Desaprovação, contudo, ainda supera aprovação.

Quadro aponta melhora na avaliação do governo Lula. Desaprovação, contudo, ainda supera aprovação.Reprodução/Quaest

O que ainda pesa contra o governo

Apesar dos sinais de recuperação, o governo enfrenta desafios estruturais:

Direção do país: 57% dos brasileiros ainda acreditam que o país segue na "direção errada".

Emprego: 55% dizem que está mais difícil conseguir trabalho do que há um ano.

Poder de compra: 70% afirmam que conseguem comprar menos hoje do que há 12 meses.

Divisão social: Lula enfrenta barreiras sólidas entre evangélicos, jovens e classe média urbana, grupos decisivos para a formação de opinião.

Esses números mostram que a recuperação ainda é incipiente e frágil, dependente de uma melhora mais concreta da economia.

Os dados foram coletados entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro estimada da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.

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