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JUDICIÁRIO
Congresso em Foco
22/8/2025 17:52
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, pediu nesta sexta-feira (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A solicitação foi apresentada diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal. O parlamentar alega risco concreto à ordem pública e econômica, e aponta descumprimentos de medidas judiciais.
O pedido ocorre dois dias após a Polícia Federal indiciar Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo a PF, Eduardo e Jair atuaram junto ao governo Donald Trump para pressionar o Judiciário brasileiro com sanções internacionais para barrar a ação penal do golpe de Estado. O inquérito foi instaurado a partir de representação do próprio Lindbergh.
Na petição, o parlamentar afirma que Bolsonaro "age com a convicção de que pode desafiar a autoridade judicial sem sofrer consequências efetivas" e que sua permanência em liberdade "é entregar-lhe o controle de um exército digital e físico que opera para corroer a estabilidade democrática".
Lindbergh destaca que as ações atribuídas ao ex-presidente não são episódicas. "Trata-se de um golpe continuado, num processo contínuo de radicalização, em que medidas ilícitas são sucessivamente adotadas para obstruir a Justiça, pressionar o Supremo Tribunal Federal e constranger o Estado brasileiro", escreveu. Para o deputado, Bolsonaro tenta "transformar o país em mera colônia, submetida a interesses externos".
Outro trecho da representação afirma que "as condutas do representado transcendem a mera desobediência individual e se inserem em um padrão de caos organizado e desestabilização institucional". O documento menciona ainda tentativas de intimidar ministros com sanções estrangeiras, uso indevido de redes sociais por meio de terceiros e articulações com demais investigados na ação penal do golpe.
O parlamentar ressalta que o julgamento da ação penal contra Bolsonaro está marcado para o próximo dia 2 de setembro. "O risco, portanto, não é hipotético ou remoto: é concreto e atual, pois a iminência do julgamento acentua as tentativas (...) de desestabilizar o processo e pressionar os ministros da Corte", afirmou o líder petista.
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