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Comércio Exterior
Congresso em Foco
13/9/2025 13:00
Em agosto, as exportações de produtos brasileiros impactados pelas tarifas americanas apresentaram uma retração de 22,4% em relação ao mesmo mês de 2024. Paralelamente, as vendas de itens isentos de taxas adicionais diminuíram 7,1%. O dado é do Monitor de Comércio Brasil-EUA,, um boletim elaborado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), uma entidade sem fins lucrativos que representa mais de 3,5 mil empresas envolvidas no intercâmbio comercial entre os dois países.
A análise fundamenta-se em dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que já havia divulgado uma regressão de 18,5% nas exportações brasileiras para os Estados Unidos em agosto, comparativamente ao mesmo mês de 2024. Segundo a Amcham, os dados do mês anterior indicam que as sobretaxas impostas pelos EUA resultaram em uma queda significativa nas exportações brasileiras, contribuindo também para a desaceleração das importações.
Com relação aos produtos não taxados,, a Amcham pondera que a diminuição de 7,1% foi influenciada "sobretudo por fatores de mercado, como a menor demanda dos EUA por petróleo e derivados". Os Estados Unidos figuram como o segundo principal parceiro comercial do Brasil, superados apenas pela China. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, o volume de comércio entre os dois países atingiu US$ 56,6 bilhões. As exportações brasileiras totalizaram US$ 26,6 bilhões, representando um aumento de 1,6% em relação ao período de janeiro a agosto de 2024.
Entretanto, o resultado isolado de agosto representou a maior queda mensal de 2025, "indicando que o tarifaço influenciou as decisões empresariais", conforme ressalta a Amcham.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o tarifaço de 50% incide sobre aproximadamente um terço (35,9%) das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Os dados revelam que, ao contrário do alegado por Trump, os Estados Unidos vendem mais do que compram do Brasil. Apenas em agosto, o déficit comercial brasileiro atingiu US$ 1,2 bilhão, um aumento de 188% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a agosto, o déficit totaliza R$ 3,4 bilhões.
O levantamento da câmara empresarial demonstra que, de janeiro a julho, o déficit americano com o mundo todo alcançou US$ 809,3 bilhões, um aumento de 22,4% em relação ao mesmo período de 2024. Contudo, o Brasil figura como o quinto parceiro com maior déficit na relação com os americanos. Segundo a Amcham, o impacto do tarifaço também se reflete nas importações brasileiras, "especialmente em setores mais integrados com a indústria americana, como carvão mineral, essencial para a produção da siderurgia no Brasil".
Em agosto, as importações brasileiras cresceram 4,6%, porém em um ritmo de expansão inferior aos 18,1% (julho) e 18,8% (junho), indicando uma perda de dinamismo nas trocas bilaterais.
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