Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24), o presidente Lula fez um balanço das reuniões realizadas desde a sessão de abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia anterior. O chefe de governo afirmou ter tido uma agenda "gratificante", e estar otimista sobre a possibilidade de abertura de diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o elogiou após meses de guerra tarifária.
Lula disse ter ficado satisfeito com o breve encontro que teve com Trump nas dependências da ONU. "Aquilo que parecia impossível, deixou de ser impossível e aconteceu. E eu fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós", declarou. "Eu acho que a relação humana é 80% química e 20% emoção", completou.
O presidente destacou que a relação com Trump deve se pautar pela cooperação, independentemente de divergências ideológicas. "Eu torço para que dê certo, porque o Brasil e os Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente", afirmou. Ele acrescentou que o diálogo entre os países pode avançar em áreas como indústria, tecnologia, ciência e inteligência artificial.
Lula disse ter sugerido a Trump uma agenda conjunta com foco em temas comerciais e na defesa da paz. "Fiz questão de dizer ao presidente Trump que nós temos muito o que conversar. (...) Fiquei satisfeito quando ele disse que é possível a gente conversar e, quem sabe, dentro de alguns dias a gente possa se encontrar e fazer uma pauta positiva entre Estados Unidos e Brasil e Brasil e Estados Unidos".
O presidente encerrou afirmando que, nas relações internacionais, respeita os chefes de Estado eleitos, sem levar em conta alinhamentos políticos. "Não quero saber ideologicamente se ele gosta ou não gosta de mim. (...) O que importa para mim é que a pessoa, sendo eleita, merece o meu respeito como chefe de Estado brasileiro".