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Mercado Aéreo
Congresso em Foco
26/9/2025 | Atualizado às 7:54
O Grupo Abra, controlador da Gol, comunicou na quinta-feira (25) que desistiu das negociações de fusão com a Azul e também pôs fim ao acordo de codeshare (compartilhamento de voos) firmado em 2024.
Segundo a nota divulgada pelo grupo, a decisão foi motivada pelo impasse nas discussões. "Após a assinatura do Memorando de Entendimentos de 15 de janeiro de 2025, a Abra tem se colocado à disposição para continuar avançando nas discussões rumo a uma combinação de negócios. No entanto, as partes não tiveram discussões significativas".
A companhia destacou ainda que as condições atuais diferem daquelas do momento da assinatura do memorando e do pré-arquivamento do caso junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Embora as conversas tenham ocorrido em paralelo ao processo de recuperação judicial da Azul nos Estados Unidos, não houve avanço.
"Como resultado, por boa ordem e conforme o acordo de confidencialidade, através da presente, a Abra apresenta notificação por escrito à Azul de que está encerrando as discussões com relação a uma possível transação", acrescentou o comunicado.
Apesar da desistência, a Abra afirmou acreditar no potencial de uma combinação entre as companhias e declarou que "como tal, a Abra está pronta, disposta e disponível para engajar com os stakeholders aplicáveis".
Posição do governo
O Ministério de Portos e Aeroportos avaliou que o fim das negociações não compromete o setor aéreo. Segundo a pasta, "o setor aéreo brasileiro continua em crescimento, com aumento na demanda por voos nacionais e internacionais, o que representa um número cada vez maior de passageiros voando pelo país".
O governo destacou que a Gol concluiu recentemente seu processo de reestruturação internacional sob o Chapter 11, enquanto a Azul segue em reorganização. A nota ressalta ainda que o Brasil continuará contando com três grandes companhias: Gol, Azul e Latam, cenário que "garante competitividade e mais opções para os passageiros".
Encerramento do codeshare
Além da fusão, o fim da parceria comercial também foi formalizado. O codeshare permitia a venda cruzada de bilhetes, a interconexão das malhas domésticas e o acúmulo de pontos tanto no programa Smiles quanto no Azul Fidelidade.
A Gol informou que honrará todas as passagens já emitidas no âmbito do acordo. "A Gol continua focada na excelência no atendimento de seus clientes, contando com 147 rotas domésticas e 42 rotas internacionais", reforçou a empresa.
Leia a íntegra da nota da Gol:
São Paulo, 25 de setembro de 2025
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (B3: GOLL54) ("GOL" ou "Companhia"), uma das principais companhias aéreas do Brasil, em cumprimento ao disposto do artigo 157, parágrafo 4º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada ("Lei das Sociedades por Ações"), e na Resolução da Comissão de Valores Mobiliários ("CVM") nº 44, de 23 de agosto de 2021, conforme alterada, em referência ao Comunicado ao Mercado divulgado em 23 de maio de 2024, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que enviou, nesta data, comunicado à Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. ("Azul") solicitando a rescisão dos acordos celebrados em maio de 2024, que tinham por objetivo estabelecer uma cooperação comercial via codeshare para conectar suas respectivas malhas aéreas no Brasil. Como parte do nosso comprometimento com os nossos clientes, a GOL honrará os bilhetes comercializados no âmbito da parceria.
A GOL continua focada na excelência no atendimento de seus clientes, contando com de 147 rotas domésticas e 42 rotas internacionais.
Leia a íntegra da nota da Abra:
Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A
Avenida Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 939, 8º andar
Edifício Jatobá, Condomínio Castelo Branco Office Park
Bairro Tamboré, CEP 06460-040
São Paulo, SP, Brasil
Atte: Raphael Linares Felippe
Senhoras e Senhores:
Fazemos referência ao Acordo de Confidencialidade, datado de 12 de abril de 2024 (conforme em vigor de tempos em tempos, o "Acordo de Confidencialidade"), entre a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. ("Azul") e a Abra Group Limited ("Abra"). Os termos em maiúsculas usados, mas não definidos neste documento, terão o significado atribuído a eles no Acordo de Confidencialidade.
Após a assinatura do Memorando de Entendimentos em 15 de janeiro de 2025, a Abra tem se colocado à disposição para continuar avançando nas discussões rumo a uma combinação de negócios e indicou que as discussões podem acontecer em paralelo ao caso do Chapter 11 da Azul.
No entanto, as partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses como resultado do foco da Azul em seu processo de Chapter 11. Além disso, você afirmou que a execução do MOU e o pré-arquivamento junto ao CADE ocorreram em outro cenário e em outro momento das empresas, que não é mais o mesmo.
Como resultado, por boa ordem e de acordo com o Acordo de Confidencialidade, através da presente, a Abra apresenta notificação por escrito à Azul de que a Abra está encerrando as discussões com relação a uma Possível Transação.
Continuamos acreditando no mérito de uma combinação de negócios entre a Azul e a GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. e, como tal, a Abra está pronta, disposta e disponível para engajar com os stakeholders aplicáveis.
Atenciosamente,
Abra Group Limited
Leia a íntegra da nota do Ministério dos Portos e Aeroportos:
O grupo Abra, controlador indireto da Gol Linhas Aéreas anunciou, nesta quinta-feira (25), o fim do acordo de compartilhamento de voos (codeshare) com a Azul Linhas Aéreas, firmado em maio de 2024. A parceria visava ampliar a conectividade no mercado doméstico.
O Ministério de Portos e Aeroportos destaca que o setor aéreo brasileiro continua em crescimento, com aumento na demanda por voos nacionais e internacionais, o que representa um número cada vez maior de passageiros voando pelo país.
A Gol concluiu recentemente seu processo de reestruturação internacional (Chapter 11) e segue em expansão. A Azul também está em fase de reorganização.
O MPor acompanha a decisão e reforça que o país continuará contando com três grandes companhias aéreas (Gol, Azul e Latam), o que garante competitividade e mais opções para os passageiros.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
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