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MINISTRO DO TURISMO
Congresso em Foco
6/10/2025 7:43
A Executiva Nacional do União Brasil se reunirá, na próxima quarta-feira (8), para analisar o processo que pode resultar na expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, da legenda por infidelidade partidária. A medida é uma reação direta à permanência do ministro no governo do presidente Lula (PT), apesar da ordem do partido para que filiados entregassem seus cargos na Esplanada.
Em setembro, o União Brasil rompeu oficialmente com o governo federal e determinou que todos os seus filiados deixassem funções no Executivo até o dia 19 daquele mês. A decisão foi interpretada como um movimento para reforçar o posicionamento de oposição e marcar distância do PT, sob o discurso de combater a "venezuelização" do país, expressão usada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um dos principais líderes do partido e pré-candidato à Presidência.
Sabino, no entanto, resistiu à determinação. No dia 26 de setembro, chegou a anunciar que entregou carta de demissão ao presidente, mas continuou no cargo. Nos dias seguintes, participou de eventos com Lula, incluindo uma agenda em Belém, onde reafirmou publicamente seu apoio ao presidente. "Nada, nem partido político, nem cargo, nem ambição pessoal, vai me afastar desse povo que eu amo e do estado do Pará, presidente. Conte comigo onde quer que eu esteja", declarou.
Processo disciplinar e disputa interna
O processo disciplinar contra Sabino foi aberto no dia 30 de setembro, após denúncia de correligionários que o acusaram de desrespeitar as decisões partidárias. O relator do caso, deputado Fabio Schiochet (União-SC), informou que o ministro tem até esta segunda-feira (6) para apresentar defesa. A tendência é que o relatório recomende sua expulsão.
Para que a penalidade seja aplicada, será necessário o apoio de três quintos dos integrantes da direção nacional. Caso seja expulso, Sabino não perde o mandato de deputado federal, conforme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas ficará livre para se filiar a outra sigla.
O governador Ronaldo Caiado antecipou nas redes sociais que, além da análise sobre Sabino, a Executiva também discutirá a dissolução do diretório estadual do União Brasil no Pará, atualmente sob influência do ministro. Segundo Caiado, o objetivo é reorganizar a legenda no estado "para que seja comandada por quem realmente se posiciona contra o governo do PT".
Olho em 2026
Nos bastidores, aliados de Celso Sabino afirmam que o ministro tenta permanecer no cargo como estratégia de projeção política para disputar o Senado em 2026, com possível apoio de Lula. A pasta do Turismo, que tem forte atuação regional, é vista como vitrine para fortalecer seu nome no Pará.
A situação de Sabino reproduz um cenário que ele já viveu no passado. Em 2020, quando era filiado ao PSDB, enfrentou um processo de expulsão, mas conseguiu se desfiliar com autorização da Justiça um ano depois. Ele foi reeleito deputado federal em 2022 pelo União Brasil e assumiu o ministério com apoio da bancada do partido na Câmara.
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