"Pintou uma indústria petroquímica", diz Lula sobre reunião com Trump

Em cerimônia no Rio de Janeiro, o presidente Lula confirmou o plano de se reunir pessoalmente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar a respeito das tarifas de importação adotadas sobre produtos brasileiros. Os dois estarão presentes no encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que acontece na próxima semana na Malásia.

Ao comentar sobre sua última conversa com o líder americano, Lula afirmou que "não pintou química, pintou uma indústria petroquímica". O presidente também relatou que, em sua conversa telefônica com Trump no último dia 6, os dois concordaram em manter conversas "sem liturgia". "Vamos ter uma conversa de negociação e eu estou dizendo isso para vocês, porque a relação humana é química", completou.

O comentário foi uma resposta à declaração de Trump na Assembleia-Geral da ONU, onde disse ter sentido "uma grande química" ao conhecer Lula pessoalmente. Desde então, o brasileiro explora a expressão para demonstrar o avanço das tratativas com os Estados Unidos.

O aceno de Lula se deu um dia após um gesto semelhante de Trump. Em reunião com o presidente da Argentina, Javier Milei, o americano comentou a respeito de seu relacionamento com lideranças da América do Sul. "Sobre o Brasil, vocês sabem, eu tive uma conversa muito boa com o presidente", citou.

A troca de acenos se deu em paralelo à chegada do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) a Washington D.C, onde desembarcou na terça-feira (14) para participar das negociações com o chanceler americano, Marco Rubio, escalado por Trump para tratar das taxas de importação.