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CPMI do INSS apreende celular de acusado de fraudar biometria

Igor Delecrode, suspeito de criar sistema de falsificação de assinaturas, se recusou a fornecer a senha do aparelho.

11/11/2025
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A CPMI do INSS aprovou, durante a sessão desta quinta-feira (10), a apreensão do celular de Igor Dias Delecrode, acusado de desenvolver um sistema para fraudar a biometria e as assinaturas de beneficiários da autarquia.

O requerimento foi apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e aprovado em votação simbólica. Após a decisão, o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou que o depoente entregasse o aparelho e que a Polícia Legislativa realizasse a apreensão.

Durante a sessão, Gaspar solicitou que Delecrode informasse a senha do celular, mas ele se recusou. "Quero aproveitar e pedir ao depoente a senha de acesso ao celular dele", disse o relator.

Ao questionar a legalidade do pedido, a defesa afirmou que não havia determinação judicial para a entrega da senha. Viana, por sua vez, explicou que se tratava de uma decisão autônoma da CPMI.

"Ele não vai ceder o número. Vossa Excelência pode providenciar a quebra", respondeu o advogado.

Amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Delecrode permaneceu em silêncio durante o depoimento e não respondeu às perguntas dos parlamentares.

Ex-dirigente de entidades investigadas por descontos indevidos em benefícios previdenciários, Delecrode foi ligado à Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (Aasap). Ele também é sócio de empresas suspeitas de participar do esquema de coleta de biometria de aposentados para validar falsamente autorizações de desconto.

Além disso, o depoente teve atuação em representações sindicais como Amar Brasil Clube de Benefícios, Master Prev e Andapp.

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