Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Judiciário
Congresso em Foco
25/11/2025 | Atualizado às 17:42
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (25), além da prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), a inserção do parlamentar no Banco Nacional do Monitoramento de Prisões (BNMP). A decisão atribui à Polícia Federal a função de extraditar Ramagem, que está foragido nos Estados Unidos.
Na ação penal que julga a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, Ramagem foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime inicial fechado. O processo de todos os reús do Núcleo 1 receberam status de trânsito em julgado nesta terça-feira, o que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Perda de mandato
Na decisão, Moraes se dirige à Câmara dos Deputados para solicitar a perda de mandato parlamentar e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para torná-lo inelegível. Ramagem também perde o cargo de delegado da Polícia Federal, conforme a sentença.
"Sendo incabível qualquer outro recurso, inclusive os embargos infringentes, a Secretária Judiciária desta Suprema Corte certificou o trânsito em julgado do Acórdão condenatório em relação ao réu Alexandre Ramagem Rodrigues."
O deputado passará a constar na lista de pessoas presas, procuradas e submetidas a medidas penais do BNMP, administrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A função do banco de dados é oferecer acompanhamento do sistema prisional, assim como informações sobre medidas cautelares alternativas à prisão e protetivas.
Sentença
Ramagem respondeu por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Durante o governo Bolsonaro, o parlamentar exerceu cargo de chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e é apontado, pela investigação, como responsável pela criação de mensagens contra o sistema eleitoral brasileiro.
A PF investiga trajeto detalhado utilizado por Ramagem para acessar os EUA. As informações disponíveis indicam que ele saiu do país em setembro, do Rio para Boa Vista (RR). O deputado teria cruzado a fronteira pela Venezuela ou Guiana Francesa, e, a partir dali, viajado para os EUA, com passaporte diplomático embora estivesse proibido de deixar o Brasil, determinação expressa de Moraes, que incluía entrega de todos os passaportes. Ramagem teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira (19).
TENSÃO NO CONGRESSO
Crise política trava Congresso e pressiona governo na reta final