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PL
Congresso em Foco
28/11/2025 10:02
A Comissão de Direitos Humanos e Igualdade Racial da Câmara transformou, na quarta-feira (26), a votação do projeto de lei que cria o Dia Nacional do Acarajé (4.505/2023) em um novo episódio de discussão em torno da prisão de Jair Bolsonaro. A reunião ganhou tensão depois que Chris Tonietto (PL-RJ) afirmou que o ex-presidente "poderia estar comendo acarajé" na Bahia se não estivesse encarcerado, comentário que gerou reação imediata de Erika Hilton (Psol-SP).
Tonietto utilizou seu tempo para denunciar o que considera uma perseguição judicial e voltou a defender Bolsonaro, a quem chamou de vítima de arbitrariedades. Erika respondeu em seguida, lembrando que o país atravessa um período incomum, no qual militares de alta patente e aliados centrais do ex-presidente respondem criminalmente por ações ligadas à tentativa de golpe.
Ela apontou a declaração de Tonietto como uma tentativa de minimizar a gravidade dos fatos.
"A deputada que me antecedia falava que Bolsonaro poderia estar na Bahia comendo acarajé. Poderia mesmo, se não tivesse atentado contra a democracia. Se não tivesse planejado matar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin, o ministro Alexandre de Moraes."
A parlamentar do Psol também criticou as versões apresentadas por Bolsonaro para justificar o dano à tornozeleira eletrônica durante o período em prisão domiciliar, mencionando a sucessão de explicações e ironizando o relato de que o ex-mandatário teria ouvido vozes vindas do equipamento.
A deputada, então, ampliou sua crítica à atuação do PL ao mencionar outros condenados do Núcleo 1 do golpe, que também passaram pelo partido. Ela citou Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Eduardo Bolsonaro e outros nomes do entorno bolsonarista, destacando que a responsabilização alcançou um patamar inédito.
"A democracia é para todos. Todos precisam respeitarem a democracia. Aqueles e aquelas que não respeitar irão fazer jus ao nome deste partido. PL, que é o partido da Papuda Lotada. É Ramagem, é Bolsonaro, é Augusto Heleno, é Anderson Torres. O próximo é Eduardo Bolsonaro. Carla Zambelli que fugiu, Ramagem que fugiu feito uma ratazana."
Erika encerrou sua intervenção defendendo o papel do Judiciário na responsabilização dos envolvidos e criticando o que chamou de "eterno mimimi" de parlamentares bolsonaristas sobre as prisões. Para ela, as reações indicam resistência em reconhecer a gravidade dos crimes atribuídos ao grupo.
"Estes golpistas são o que são: um ex-presidente que tentou um golpe pra não ser preso por ser um corrupto, um bando de deputados delinquentes fugitivos que atentam contra o próprio povo e uma trupe de generais de 4 estrelas que tramaram contra a nação que deveriam defender."
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