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Lula recebe oração do deputado Otoni de Paula, ex-bolsonarista

Parlamentar, que também é pastor, afirma que a "igreja não é de direita nem de esquerda" e de deve ficar de fora da polarização política.

24/12/2025
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com o deputado federal e pastor Otoni de Paula (MDB-RJ) no Palácio do Planalto, na terça-feira (23), logo após assinar o decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural nacional. Na ocasião, o líder da Assembleia de Deus Missão e Vida, que é ex-bolsonarista, fez uma oração pelo presidente.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula aparece de mãos dadas com Otoni e com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), autora da proposta, enquanto o pastor o abençoa. "E eu queria, em nome de Jesus, abençoar o senhor, orar pelo senhor, pedir que Deus lhe guarde, que Deus lhe proteja, porque eu creio que, quando a gente ora pelo presidente, a gente está abençoando toda a nação", afirmou.

"Oraremos para abençoá-lo independentemente de campo partidário. Nós somos a igreja. A igreja não é de direita, a igreja não é de esquerda, a igreja pertence ao Senhor Jesus."

Otoni também agradeceu a Lula pela assinatura do decreto que reconhece a cultura gospel. "Eu sei que a política está polarizada, mas a igreja não pode fazer parte dessa polarização. Nós somos de mundos diferentes. O senhor é de esquerda, eu sou de direita, mas uma coisa nos une neste momento: querer fazer o bem às pessoas", disse.

Na legenda da publicação, Lula agradeceu o gesto e endossou o discurso apartidário da igreja. "A fé, o respeito e o amor não têm partido político. Quando cuidar do povo é o propósito dos governantes, Deus abençoa e capacita", escreveu o presidente.

Ex-bolsonarista

Otoni de Paula chegou a ocupar o cargo de vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Depois rompeu com o ex-presidente e passou a adotar um discurso crítico em relação ao período.

Em pronunciamento no Plenário da Câmara em novembro, o parlamentar afirmou que "se arrepende" de ter tratado Bolsonaro como "mito" e declarou que não quer mais ser visto como "extremista".

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