O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta sexta-feira (26) a conversão da prisão domiciliar do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em prisão preventiva. O policial federal foi encontrado mais cedo no Paraguai, para onde foi buscando fugir do cumprimento de sua pena de 24 anos e seis meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A decisão foi proferida já com Silvinei preso por autoridades paraguaias. Ele foi encontrado por autoridades locais em Assunção, portanto um passaporte falso. Seu plano era voar para El Salvador. "A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, conforme pacífica jurisprudência desta Suprema Corte", justificou Moraes.
Moraes também citou que houve uma violação de sua tornozeleira durante a madrugada. Os sistemas de monitoramento de sua tornozeleira eletrônica indicaram pane, provocada por esgotamento da bateria. Quando a equipe da Polícia Federal chegou à sua residência para averiguar a situação, Silvinei já havia fugido.
Silvinei foi um dos réus condenados do Núcleo 2 da ação penal do golpe, grupo formado pela ala "gerencial" da trama golpista. Os réus eram membros do segundo escalão do governo Bolsonaro, ficando encarregados de dar seguimento às ordens do núcleo político. Como a decisão ainda não havia transitado em julgado, o ex-diretor da PRF respondia em prisão domiciliar.
Veja a íntegra da decisão de Alexandre de Moraes.
Processo: AP 2693-DF