A Polícia Federal declarou como foragido neste sábado (27) o engenheiro Carlos Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL). Ele foi um dos alvos de mandados de prisão domiciliar publicados na última manhã contra réus condenados na ação penal do golpe, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A pena de Carlos Rocha foi uma das menores entre os réus: sua sentença foi de sete anos de prisão, em regime inicial semiaberto. Ele foi o autor de um conjunto de relatórios alegando fraudes nas urnas em 2022 sem embasamento. Sua produção foi utilizada como instrumento pelos demais réus para deslegitimar o processo eleitoral.
Neste sábado, o réu não estava em sua casa durante a operação da PF. Seus advogados entraram em contato, e foram informados que ele mudou de residência. Carlos Rocha se negou a fornecer o novo endereço, e encerrou a ligação.
Os mandados de prisão domiciliar foram emitidos após a tentativa de fuga do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que foi preso no Aeroporto de Assunção, no Paraguai, enquanto tentava pegar um voo para El Salvador. Ele foi o segundo condenado a fugir do país: o primeiro foi o ex-deputado Alexandre Ramagem, que conseguiu escapar para os Estados Unidos.
Moraes entendeu que a fuga ao exterior configura parte do modus operandi da organização criminosa, havendo necessidade de medida preventiva contra todos os demais condenados.