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Senado debate ataques à imprensa a partir de ameaças ao Congresso em Foco

O colegiado prestou solidariedade ao Congresso em Foco. Segundo Humberto, a comissão irá trabalhar para que o crime seja esclarecido.

Congresso em Foco

11/6/2022 | Atualizado 15/6/2022 às 15:54

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Fundador do Congresso em Foco, Sylvio Costa, ao  lado do senador Humberto Costa. Foto: Tiago Rodrigues

Fundador do Congresso em Foco, Sylvio Costa, ao lado do senador Humberto Costa. Foto: Tiago Rodrigues
Após as ameaças de morte direcionadas  a jornalistas, do Congresso em Foco, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado promoveu um debate sobre os ataques à liberdade de imprensa, nesta quarta-feira (15). Participaram o fundador do Congresso em Foco, Sylvio Costa, além dos jornalistas Jamil Chade, do Uol, e Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, que falaram sobre os riscos da atividade jornalística e da livre expressão no Brasil. A reunião foi presidida pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Ao abordar os ataques aos jornalistas do Congresso em Foco, Sylvio Costa destacou a postura do site enquanto um veículo independente de imprensa e relembrou posicionamentos contra ações da gestão Jair Bolsonaro de tentativas de cerceamento à liberdade de imprensa. Ele também abordou os efeitos dos ataques e ameaças sofrido pelos profissionais. "É uma situação grave, que abalou profundamente nossos profissionais e suas famílias. Mas não é um fato isolado. O Congresso em Foco e sua equipe têm passado por inúmeros constrangimentos desde o início do governo Bolsonaro. Talvez por termos, com grande antecedência, identificado a ascensão do então deputado Jair Bolsonaro e termos feito várias reportagens mostrando o seu envolvimento com atos antidemocráticos e possivelmente ilícitos". Sylvio lembrou dois editoriais publicados pelo site. "Chegamos a publicar dois editoriais importantes. O primeiro, em 2018, afirmando com todas as letras que a eleição de Bolsonaro seria a pior coisa que poderia acontecer ao Brasil. Foi a primeira e única vez em que expressamos nossa opinião contra ou a favor de um candidato. E o fizemos por entendermos os riscos que ele trazia. O segundo editorial, em março de 2021, defendendo o impeachment do atual presidente. Temos sofrido várias retaliações, inclusive de natureza comercial." No dia 4 de junho uma reportagem sobre as táticas do 1500chan, um fórum anônimo, para produzir fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi publicada pelo Congresso em Foco. O autor da matéria, Lucas Neiva, foi o primeiro a ser ameaçado, no mesmo dia da publicação. A reportagem trouxe informac¸o~es sobre o domi´nio "1500chan", um fo´rum em que internautas se comunicam, sem precisar se identificar, por texto e imagem. Dias depois a editora Vanessa Lippelt também se tornou alvo de ataques e ameaças. Os dois jornalistas também tiveram dados pessoais vazados na plataforma. O site também sofreu uma tentativa de ataque hacker. O senador Humberto Costa reforçou o apoio ao Congresso em Foco neste momento de ataques ao jornalismo. "Nossa solidariedade e o nosso compromisso de levarmos a apuração de todas as formas possíveis e fazer a denúncia desse tipo de agressão que está incidindo sobre o Congresso em Foco exatamente pela qualidade do trabalho investigativo que está sendo feito." O senador também destacou o aumento no número de ataques à imprensa citando que no ano passado o Brasil teve o o maior registro de número de agressões a profissionais de imprensa desde 1990. Foram quase 400 casos, mencionou, destacando um aumento de mais de 200% nas agressões comparado ao ano passado.

Dom e Bruno

Durante a audiência também foi abordado o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, no Vale do Javari, região de selva amazônica. Bruno acompanhava Dom, como guia.  O jornalista estava na região para produzir um livro sobre preservação ambiental e desenvolvimento da Amazônia. Era a segunda vez que eles viajavam pela região. Dom Phillips atua como correspondente no Brasil do jornal inglês The Guardian, escrevendo, principalmente, reportagens sobre a Floresta Amazônica. Bruno é servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), onde atuava na defesa de povos indígenas.

EBC

A audiência também contou com a participação de representantes da sociedade civil organizada e de entidades de defesa do jornalismo. Durante sua fala, Elisabeth Costa, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), mencionou diversos casos de cerceamento à liberdade de imprensa e citou o que definiu como "esvaziamento" da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). "Temos denunciado sistematicamente todas as agressões e o ambiente de censura que hoje sofre a EBC com o desmonte de sua equipe e demos visibilidade a um relatório com as várias tentativas de censura e assédio moral a seus profissionais e jornalistas". Ela completou: "esse ambiente de desregulação total e de falta de funcionamento das instituições merecem um debate profundo não apenas dentro do parlamento como em toda a sociedade porque ela estimula a falta de segurança de profissionais de comunicação".

Repúdio

Entidades representativas do jornalismo e parlamentares repudiaram as ameaças ao Congresso em Foco, em represália por ter revelado o funcionamento de um esquema de fake news pró-Bolsonaro em uma plataforma da internet. Em notas ou mensagens, todos também cobraram investigação rigorosa e punição exemplar para os criminosos, que também vazaram informações pessoais do repórter, atacaram a editora do Congresso em Foco Insider, Vanessa Lippelt. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) vai solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que apure as denúncias feitas pela reportagem de Lucas Neiva, que mostrou a oferta de criptomoeda como pagamento pela produção de conteúdo falso favorável ao presidente Jair Bolsonaro e contra seus adversários políticos. Além da ABI, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também condenaram as tentativas de intimidação ao trabalho da imprensa. "O jornalismo livre é pilar da democracia e deve colaborar para que essas eleições sejam limpas e democráticas", diz a Abraji. "Não toleraremos esta ou qualquer tentativa de cerceamento ao livre exercício profissional jornalístico", ressalta a Ajor. "Sabemos que essas manifestações encontram respaldo nas declarações do próprio presidente da República e de outras figuras públicas, que, ao longo dos últimos anos, tentaram constranger e calar os/as jornalistas", afirma nota da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF. Confira a pauta completa da reunião da CDH:  
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Humberto Costa CDH jornalismo liberdade de imprensa 1500chan

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