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Congresso em Foco
29/11/2007 | Atualizado às 23:41
Paulo Franco
Como na maioria das eleições, o candidato da situação passa a maior parte do tempo na defensiva contra ataques de adversários. No caso do Partido dos Trabalhadores, o atual presidente, deputado Ricardo Berzoini (SP), 47 anos, é criticado como um dos responsáveis pelas fragilidades da atual gestão do antigo Campo Majoritário.
Ex-ministro do Trabalho e da Previdência, o deputado justifica com um discurso pragmático, lembrando que não é possível exercer a democracia sem ter maioria. “Quando o José Alencar foi indicado para ser vice-presidente da chapa do Lula, quase todos os petistas criticaram, mas acabou virando herói quando passou a defender a queda nos juros”, exemplifica Berzoini.
Eleito logo após a crise política de 2005 e com o apoio de grande parte da cúpula do governo, o candidato à reeleição espera continuar próximo ao presidente Lula, mas defende a reaproximação com os movimentos sociais e militantes.
“Queremos estabelecer uma agenda de debates sobre temas essenciais para a democracia brasileira, como a democratização dos meios de comunicação e o processo de reorganização política por meio de uma ampla reforma”, diz ele.
Culpa do sistema
A chapa “Construindo um Novo Brasil”, que repete o novo nome do antigo Campo Majoritário, acredita que a crise do mensalão foi provocada pelas características do próprio sistema eleitoral, que permite a “privatização do Estado” e a “negação de seu caráter público”.
No ano passado, Berzoini se afastou da presidência do PT e da coordenação da campanha à reeleição do presidente Lula, após ter seu nome associado à denúncia de que um grupo de petistas negociava um dossiê que relacionava candidatos tucanos à máfia das ambulâncias. Nada, porém, ficou provado contra ele.
O candidato à reeleição tem o apoio de ministros como Paulo Bernardo (Planejamento), Luiz Marinho (Trabalho), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência).
Base diferente de Lula
Entre as prioridades para um segundo mandato, Berzoini aponta a melhoria da relação do PT com a juventude, criando espaços para a reunião de jovens de diferentes regiões. Isso representa um desafio, admite, já que o governo Lula dialoga com uma base social diferente da tradicional base petista.
A chapa defende integralmente as resoluções do 3º Congresso petista, aprovas em setembro, e pretende colocá-las em prática nos próximos anos. São as seguintes as principais deliberações:
1. Conferir, de maneira crescente, papel dirigente às instâncias nacionais, reorganizando seu funcionamento;
2. Criar a Escola Nacional do PT;
3. Realizar o 1º Congresso da Juventude Petista;
4. Constituir um Sistema Nacional de Comunicação do PT;
5. Elaborar um Código de Ética do partido;
6. Criar condições para que o partido chegue em 2010 com capacidade de apresentar aos aliados e à sociedade uma candidatura competitiva na eleição presidencial.
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