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Ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.[fotografo] Marcos Corrêa/PR[/fotografo]
Os deputados e senadores do PT protocolaram hoje (23) ação popular contra o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, em decorrência do monitoramento das redes sociais de pelo menos 116 parlamentares.
Ambos são acusados pelo partido de praticar, entre outros delitos, improbidade administrativa. O PT pede o fim da vigilância sistemática e a suspensão do contrato com a empresa responsável pelos relatórios de monitoramento.
De acordo com reportagem da revista Época, parlamentares e jornalistas tiveram suas redes sociais monitoradas pelo Palácio do Planalto, em ação financiada com dinheiro público. A publicação obteve relatórios produzidos a pedido da Secretaria de Governo e Secretaria de Comunicação em fevereiro, março e abril deste ano.
A ação do PT é assinada pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), o líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (CE), o deputados Afonso Florence (BA) e o senador Humberto Costa (PE).
Os petistas solicitam também o conteúdo dos relatórios de monitoramento e de cópia do contrato com a empresa responsável pela atividade, acompanhada de cópia do processo licitatório. Eles propõem ainda que os autos sejam enviados ao Ministério Público, para fins de avaliação de eventual ação penal.
Na ação popular, o partido cita outros episódios de espionagem do governo Bolsonaro, como o Sínodo da Amazônia, organizado pela Igreja Católica, pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a elaboração de dossiê, pelo Ministério da Justiça , sobre profissionais de segurança pública e professores universitários que se declararam “antifascistas”.