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Lula classifica conversa com Ciro como civilizada e defende respeito mútuo

15/11/2020
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PF aponta que há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas entre os anos de 2010 a 2013, quando Ciro cumpria mandato de governador. Foto: Erick Mota / Congresso em Foco
O ex-presidente Lula (PT) comentou neste domingo (15) sobre a conversa que teve com Ciro Gomes (PDT) no início de setembro. O petista considerou natural que ele e Ciro não estejam unidos nas eleições de 2022 e citou o exemplo da eleição de São Paulo em 2016, quando as ex-prefeitas e ex-petistas Marta Suplicy e Luiza Erundina disputaram o pleito com Fernando Haddad (PT). "Temos o direito de sermos adversários. As pessoas se esquecem que em 2016 o Haddad não foi para o segundo turno porque tivemos companheira como a Marta, que tirou 10% do voto, tivemos a Luiza Erundina que foi candidata e tirou percentual de voto do Haddad. Então o governador [João Doria] ganhou as eleições", declarou em entrevista coletiva após votar em São Bernardo do Campo (PT). "É normal que os partidos lancem candidatos quando chegar em 2022, o PT tem muitos candidatos. É normal que o Ciro queira ser presidente da República, é normal que o Flávio Dino queira ser. É o normal que a Globo esteja procurando o Huck, juntando ele com o Moro, tudo isso é normal. A única coisa que não é normal é a manipulação que se tenta fazer com a sociedade brasileira." Lula criticou o presidente Jair Bolsonaro e disse que é preciso que uma candidatura progressista o derrote em 2022. "Quando chamei o Ciro para conversar aqui, em São Paulo, lá no instituto [Lula], foi uma conversa civilizada, a gente pode ter pontos de vista diferentes, mas o que precisamos é adotar uma política de respeito mútuo entre os partidos e as pessoas dos partidos para que a gente possa trabalhar de forma que um candidato progressista de esquerda possa ganhar as eleições de 2022 e a gente, sinceramente, varrer do mapa político do país esse genocida, que liderado por milicianos, governa o Brasil", disse o ex-presidente. O encontro entre Ciro e Lula foi articulado pelo governador Camilo Santana (PT-CE) e ocorreu em setembro, em São Paulo (SP), na sede do Instituto Lula.  Ciro e Lula romperam nas eleições presidenciais de 2018. Na época, Ciro criticou a estratégia de manter o nome do ex-presidente como candidato, apesar de ele estar barrado na Justiça por causa da Lei da Ficha Limpa. Atacado por petistas no primeiro turno, o ex-ministro viajou no segundo turno, sem declarar apoio ao candidato petista Fernando Haddad. Em entrevista ao Congresso em Foco em outubro de 2019, Ciro fez duras críticas a Lula e o chamou de enganador profissional. >Reaproximação de Lula e Ciro desagrada ao PT no Ceará
>Lula busca diálogo com PSB e PDT  
 
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