Movimento negro apresenta pedido de impeachment de Bolsonaro

A Coalizão Negra por Direitos, articulação que reúne 150 organizações do movimento negro, protocolou nesta quarta-feira (12) um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.  O registro aconteceu às 11h,na Câmara dos Deputados, seguido de ato simbólico no gramado da esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional e entre o Ministério da Justiça e da Saúde. Confira o documento na íntegra aqui. [vc_row][vc_column][vc_images_carousel images="450431,450430,450429,450428,450427,450426,450422,450421,450424" img_size="full" autoplay="yes" wrap="yes"][/vc_column][/vc_row] Crédito fotos: Matheus Alves e Pedro Borges - Alma Preta O pedido se baseia, segundo os proponentes, em crimes de responsabilidade praticados por Bolsonaro que atentam contra a vida da população negra e suas comunidades. "A crise expõe de modo mais latente as desigualdades que assolam o povo brasileiro, e cabe dizer que o Presidente Jair Bolsonaro se aproveita do momento de vulnerabilidade social para implementar políticas que viabilizam e aceleram a morte precoce da população negra no país", diz um trecho do pedido. Além das assinaturas das organizações que compõem a Coalizão, o documento tem o apoio de outras mais de 600 entidades e instituições de todo o país, centenas de trabalhadores e trabalhadoras domésticas, da saúde, informais, de aplicativos, da construção civil e pessoas ligadas à cultura e à religião.  Entre os crimes atribuídos pelo movimento estão o uso de medicamentos não comprovados para o tratamento de coronavírus, negar medidas de atendimento e enfrentamento à covid-19 em comunidades mais vulnerabilizadas; dentre elas as comunidades quilombolas e a atuação para conflitar com os estados, "frentes às ações apropriadas que estavam sendo realizadas pelos governadores para contenção da pandemia". O pedido também cita ações do presidente no sentido de cercear os direitos políticos, de gerar suspeita ao sistema eleitoral vigente, ataques aos direitos constitucionais de acesso à informação e liberdade de expressão, ações para extermínio e vulnerabilização, especificamente, das comunidades quilombolas, e atos que incitam discriminação racial e religiosa. > Lula cobra de Maia tramitação de impeachment de Bolsonaro: "Já passou do tempo"