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Quando penso na questão de impostos do Brasil a imagem que me vem à cabeça é do mito de Sísifo, empurrando a pedra montanha acima eternamente, sem nunca conseguir concluir a tarefa.
Nos meus quase 20 anos de mercado de telecomunicações, desde a primeira semana de trabalho escuto repetidamente que a carga tributária sobre o setor é abusiva, mas, infelizmente, ela só cresce ano a ano. Assim como a carga tributária do Brasil em geral.
A carga tributária no Brasil é relativamente alta. Segundo estudo dos economistas João Roberto Afonso e Kleber Pacheco de Castro[1],em 2019, a carga tributária brasileira alcançou o patamar recorde de 35,17% do PIB (Produto Interno Bruto ou a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país).
Mas enfatizo o relativamente alta, pois o nosso pacto social, materializado por meio da Constituição de 1988, determina que o Estado mantenha uma rede de proteção social ao cidadão. Então a discussão não deveria ser sobre o tamanho da carga tributária, mas sim sobre as entregas que o Estado (considerando todos níveis de governo federal, estadual e municipal) faz ao contribuinte. Mas esta é uma discussão profunda e para outro artigo.